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UMA MEDALHA, UMA HISTÓRIA! - Professor Nerino
31/07/2021 17:20 em ARTIGO

“A medalha de uma conquista enferruja e se perde com o passar do tempo, mais a história de como a conseguiu será lembrada para sempre.”  (Gislei Pimentel)

Estamos vivendo um momento intenso de conquistas, consagrados por medalhas de Ouro, Prata e bronze, que simbolizam o grau de importância de cada conquista. Diferente da idade antiga, dos jogos gregos e romanos, onde apenas o campeão recebia prêmios mais importantes das competições, das disputas, que na antiguidade eram representadas por coroas, para simbolizar que os atletas de alto padrão estavam muito próximo dos Reis e das Rainhas, que eram o que usavam coroas, símbolo do poder da época.

Quando um atleta sagrava-se campeão olímpico, ele celebrava a vitória em dois momentos. Logo depois da prova, os espectadores arremessavam flores e amarravam fitas vermelhas na cabeça e nas mãos do vencedor, enquanto o árbitro lhe entregava um ramo de palmas e uma coroa de louro, pinho ou ramos de oliveira. 

Todos vibramos com a vitória dos nossos atletas, especialmente daquelas categorias não oficiais, que não recebem apoio de grandes patrocinadores ou governamental, durante o período de preparação, como podemos constatar esta semana com a pequena Rayssa Leal, skatista brasileira, popularmente chamada de “A fadinha do skate”, e com o surfista, Italo Ferreira, que disse: “quando você vem de baixo, tem mais garra”.

Poderíamos trazer a este cenário, várias histórias com o mesmo peso e profundidade, tanto de atletas como de pessoas comuns que precisam vencer um campeonato mundial por dia para poderem sobreviver, ou mesmo de outros esportistas que estão lá do outro lado do mundo, disputando as mais diversas modalidades cobertas de significados profundos. Começando pelo registro do ano das olimpíadas, que são de 2020 acontecendo em 2021, compostas pelas mais diversas histórias, de superação, treinamentos improvisados, mas acima de tudo, garra, disposição, amor próprio e compromisso consigo, com sua modalidade e o orgulho de representar o seu País.

Estas duas medalhas representam histórias vitoriosas, de centenas de outros brasileiros, que mesmo sem medalhas vencem todos os dias, sem pódio ou o som do Hino Nacional, como os 19 milhões de brasileiros, estatísticas oficiais, que estão postos na linha da miséria absoluta, não sabendo se terão o que comer na refeição seguinte, dependendo da distribuição de alguns ossos, em um açougue da esquina, para colocarem a ferver numa panela com água, para tentarem extrair alguma proteína, para uma possível refeição familiar.

As histórias que se apresentam por trás das glamurosas medalhas, tem uma parcela que passa pelas mãos de algumas outras pessoas, que nem sempre são do ramo, que tem por missão ajudar a vencer, a desenvolver as ciências, a buscar novidades, formas diferentes de criar alternativas, fazer pesquisas, mesmo em nosso país, que lamentavelmente, investe pouco na pesquisa, e muito menos ainda em proteger o que já foi desenvolvido, como no episódio recente, quando o Servidor do CNPq que queimou milhares de dados acadêmicos que desapareceram, sem ter backup, para ser preciso, uma irresponsabilidade institucional, quando sabemos que de tudo o que circula em uma grande ou pequena máquina, precisa ter cópia de segurança, ou na nuvem, virtual, ou num disco rígido guardado com segurança. Quantas histórias do cotidiano são merecedoras de medalhas e nem nos damos por conta? 

PENSE NISTO! 

Prof. Nerino Sávio da Rosa

Consultor nas Áreas de Planejamento, Gestão de Pessoas e Gestão Comercial

E-mail: prof.nerino@gmail.com

 

 

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