Durante o programa Super Sábado, transmitido no último dia 24 de maio pela Rádio Cidade FM 98,3 e comandado pelo jornalista Francisco Darol, o especialista em mecânica automotiva e eletrônica Cláudio Rosso, proprietário da CBR Soluções Mecânicas, compartilhou informações fundamentais sobre os cuidados que motoristas devem ter com seus veículos, especialmente no outono e inverno.
Cláudio, que tem cadeira cativa no programa, iniciou a conversa destacando um problema frequente: a negligência com o nível do óleo. Ele relatou o caso de um funcionário que, ao receber um carro zero quilômetro de sua empresa, fundiu o motor em apenas três meses por não observar o alerta de pressão do óleo no painel. “Muita gente vê a luz acesa e não dá bola, acha que é só mais um símbolo no painel. Mas aquele alerta é sério. Quando o óleo falta, ocorre o princípio de engripamento, e o motor pode fundir”, alertou o mecânico.
Segundo ele, o óleo é responsável por criar uma película entre as peças móveis do motor, impedindo o atrito direto entre elas. Quando esse filme de óleo falha, o aquecimento é tão intenso que pode até derreter partes metálicas do motor. “É por isso que o nível de óleo precisa estar sempre entre o mínimo e o máximo indicados na vareta. E a verificação deve ser feita com o motor frio e o carro nivelado, preferencialmente pela manhã”, explicou Rosso.
Além do nível, o especialista também destacou a importância da troca de óleo dentro dos prazos corretos. Embora muitos fabricantes recomendem intervalos de até 10 mil quilômetros para óleos sintéticos, Cláudio recomenda que a troca ocorra entre 5 mil e 7 mil km. “Fiz testes com microscópio e constatei que, em muitos casos, aos 5 mil km o óleo já apresentava sinais de degradação. Isso afeta diretamente sua capacidade de lubrificação, limpeza e até refrigeração do motor”, afirmou.
Ele também orientou os ouvintes a sempre consultar o manual do proprietário, que indica a viscosidade correta do óleo e a quilometragem adequada para troca. “Nada de usar óleo mais barato ou de viscosidade diferente achando que está economizando. Isso pode causar problemas internos sérios, como o aumento do tempo que o óleo leva para chegar às partes superiores do motor na primeira partida do dia”, disse Cláudio. “Um óleo mais grosso do que o indicado pode dobrar esse tempo, deixando o motor desprotegido por mais tempo.”
A conversa também abordou as diferenças entre óleos minerais, semissintéticos e sintéticos, bem como os cuidados especiais que veículos mais antigos demandam. Rosso destacou que a evolução dos óleos e motores exige maior atenção dos motoristas. “Nos carros antigos, o óleo 20W50 era padrão e pedia troca a cada 5 mil km. Hoje, temos óleos que aguentam mais, mas nem por isso devemos descuidar.”
Francisco Darol também contribuiu com perguntas importantes ao longo da entrevista, reforçando as dúvidas que muitos motoristas têm sobre o funcionamento do motor e a rotina de manutenção. Cláudio destacou que o segredo para manter o motor em bom estado por muitos anos está na combinação entre óleo, água e filtros em dia. “Cuide disso e você terá um motor duradouro, sem grandes surpresas. Já vi veículos com mais de 300 mil quilômetros rodados sem necessidade de retífica, apenas com a manutenção correta.”
O especialista ainda fez um alerta sobre defeitos “inseridos” pelo próprio motorista ao usar produtos ou fazer alterações não recomendadas pelo fabricante. “O motor é projetado com dimensões específicas para a passagem do óleo. Quando se muda a viscosidade, esse projeto é desrespeitado e os danos aparecem com o tempo”, explicou.
A entrevista completa com Cláudio Rosso está disponível nas redes sociais da Rádio Cidade FM e seguirá trazendo dicas práticas para os ouvintes em edições futuras do Super Sábado. A CBR Soluções Mecânicas, localizada no bairro São Miguel, em Cruz Alta, segue como referência regional em serviços de mecânica e eletrônica automotiva, com atendimento especializado e orientações personalizadas aos clientes.
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