A colheita da safra de arroz 2023/2024 no Rio Grande do Sul está tecnicamente encerrada, conforme o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (29) pela Emater/RS-Ascar. As poucas áreas remanescentes, segundo o órgão, não têm representatividade estatística suficiente para alterar os números consolidados da produção estadual.
O clima seco registrado no início da colheita favoreceu a drenagem das lavouras e a incorporação da palhada. Agora, com menos de um mês para o início do inverno e cerca de 100 dias até a nova janela de plantio, os produtores das regiões Sul e Campanha monitoram com cautela o nível das barragens. Apesar das chuvas recentes, os volumes acumulados ainda não são suficientes para garantir uma recuperação hídrica satisfatória nas represas dessas regiões.
Por outro lado, nas regiões da Fronteira Oeste e Centro-Oeste do estado, o cenário é mais promissor. A ocorrência de chuvas em maior volume tem contribuído para a recomposição dos mananciais. Para a próxima safra (2024/2025), a área cultivada está estimada em 970.194 hectares, com produtividade média projetada de 8.558 quilos por hectare, conforme dados da Emater/RS-Ascar.
Na região administrativa de Bagé, a colheita foi finalizada em todos os municípios da Campanha e da Fronteira Oeste, com exceção de Itaqui. Nesse município, ainda restam aproximadamente 150 hectares cultivados tardiamente, atualmente em fase de maturação. A Emater alerta que essas áreas podem ter a produtividade comprometida devido às fortes chuvas das últimas semanas.
As colheitas também foram concluídas nas regiões de Pelotas, Soledade e Santa Maria. No mercado, o levantamento semanal da Emater aponta uma queda de 1,01% no preço médio da saca de 50 quilos de arroz, que passou de R$ 74,40 para R$ 73,65. Lotes com qualidade inferior, especialmente os que apresentam menos de 58% de grãos inteiros, estão sendo negociados abaixo desse valor, o que tem gerado descontentamento entre os orizicultores gaúchos.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper