Segundo a avaliação da comissão técnica, dois dos três gols sofridos na derrota para o CSA por 3 a 2, na última quarta-feira (30), foram consequência direta da antiga metodologia. Jogadores ainda demonstram o hábito de "perseguir" os adversários, conforme pediam as orientações de Quinteros, o que acaba abrindo espaços e comprometendo o posicionamento coletivo.

"Há mais tempo, o Grêmio jogava com perseguições, e isso fica muito no imaginário do jogador, que está acostumado a fazer dessa maneira. Quando você começa a trabalhar com uma ideia de zona de posicionamento, toda a equipe precisa fazer junto esse comportamento para que as coisas funcionem bem. É só desta maneira que se resolve isso", explicou Mano, após a partida em Maceió.

A mudança de modelo, em que cada atleta é responsável por cobrir uma área do campo em vez de seguir um adversário, será o foco dos próximos treinamentos no CT Luiz Carvalho. As sessões de vídeo e as conversas individuais com os atletas também estão sendo reforçadas para acelerar o processo de transição.

"Um bom enfrentamento de um contra um inicia com bom posicionamento. Existem lugares sagrados de posicionamento no futebol. Se você simplesmente fica no lugar, o adversário não encontra esse espaço que vale ouro para cruzamentos. Temos que ter paciência e sustentar o posicionamento", reforçou o treinador.

Nos bastidores, a mudança agrada. De acordo com informações apuradas pela Zero Hora, a marcação individual era um ponto de atrito entre o elenco e Gustavo Quinteros. Líderes do grupo chegaram a pedir a troca de sistema ao técnico argentino, que preferiu manter seu modelo.

Apesar da clara diretriz de Mano Menezes, a maior dificuldade no momento é o calendário. Após o retorno de Maceió, os titulares terão apenas duas sessões de treino antes do confronto contra o Santos, neste domingo (4), pelo Brasileirão. A expectativa é que, com tempo e repetição, a nova abordagem defensiva comece a surtir efeito nas próximas rodadas.

Com informações: Jornalista Fernando Kopper

Fonte: GZH