A seca continua se agravando no Rio Grande do Sul, onde 47 municípios já decretaram situação de emergência, enquanto 48 cidades relatam problemas relacionados ao déficit hídrico, segundo a Defesa Civil estadual. A estiagem afeta severamente a produção agrícola, a pecuária e o abastecimento de água em diversas regiões do Estado.
Santa Maria, um dos principais municípios do interior, é um dos mais impactados, tendo decretado emergência recentemente. Na zona rural, as perdas econômicas já chegam a R$ 67 milhões, afetando principalmente lavouras de soja e milho, além da bovinocultura de corte e leite. Para minimizar os impactos, a Defesa Civil local está distribuindo cerca de 100 mil litros de água por dia para atender 742 famílias da zona rural.
Nesta semana, Mata, São Pedro do Sul e Entre-Ijuís também decretaram emergência, enquanto Restinga Sêca está em processo de formalização. Em Venâncio Aires, um segundo caminhão-pipa foi acionado para atender à crescente demanda por água.
Embora algumas chuvas esparsas tenham sido registradas em determinadas localidades, a MetSul Meteorologia alerta que os volumes não são suficientes para reverter a crise hídrica. A previsão aponta precipitações irregulares e riscos de temporais isolados, sem recuperação significativa dos reservatórios.
Além disso, o mês de fevereiro promete trazer temperaturas elevadas, o que pode agravar ainda mais a estiagem caso as chuvas continuem escassas. O impacto da seca já é sentido em toda a economia rural do Estado, que enfrenta um cenário de incertezas quanto à recuperação.
A lista de municípios com decretos de emergência inclui Santa Maria, Uruguaiana, São Gabriel, Rosário do Sul, Mata, São Pedro do Sul, Venâncio Aires, entre outros.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
