A soja apresentou valorização no mercado de Chicago, com os contratos para março cotados a US$ 1.053,0 por bushel (+19,0). No Brasil, o indicador Cepea subiu para R$ 133,23 por saca (+0,12% no dia, -4,43% no mês). O mercado foi impactado pelas chuvas insuficientes na Argentina e pelos atrasos na colheita brasileira devido ao excesso de umidade no centro-norte do país. A ausência de tarifas contra a China no início do governo Trump também contribuiu para a alta.
Segundo a Conab, a colheita de soja no Brasil atingiu 1,2% da área plantada, abaixo dos 4,7% registrados no mesmo período de 2024. Mato Grosso enfrenta os maiores atrasos, com apenas 1,5% da área colhida, o ritmo mais lento desde o ciclo 2010/2011, conforme dados da consultoria AgRural.
No mercado de milho, os contratos para março em Chicago avançaram para US$ 487,75 por bushel (+3,50). Na B3, o preço subiu para R$ 78,13 (+1,90%), enquanto o indicador Cepea registrou queda de 0,54%, chegando a R$ 73,85. O avanço nos preços reflete a seca na Argentina, os atrasos na semeadura da safrinha brasileira e as expectativas de liberação do uso do E-15 nos Estados Unidos. A Conab informou que a colheita do milho de verão atingiu 4,4% da área plantada, mas a semeadura da safrinha está atrasada, com apenas 0,5% da área concluída, ante 5% no mesmo período do ano anterior.
O trigo também registrou valorização. Em Chicago, os contratos para março foram cotados a US$ 547,75 por bushel (+9,0). No Brasil, o indicador Cepea apontou preços de R$ 1.416,17 no Paraná (+0,69% no dia, +1,64% no mês) e R$ 1.265,23 no Rio Grande do Sul (-0,04% no dia, +0,33% no mês). A melhora da competitividade das exportações americanas e a desaceleração das exportações da região do Mar Negro impulsionaram os preços do cereal no mercado internacional.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper