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Safra de milho nos EUA cresce, enquanto exportações brasileiras enfrentam desafios com alta nos preços
AGRO
Publicado em 11/11/2024
Segundo a análise divulgada nesta segunda-feira (11) pela Grão Direto, a produção de milho nos Estados Unidos registrou um aumento significativo, passando de 1.217,19 para 1.219,40 milhões de toneladas na última semana, o que impacta os estoques finais do grão no país. Já a produção brasileira de milho segue estimada em 127 milhões de toneladas para esta safra.
A recente vitória de Donald Trump nas eleições norte-americanas reacendeu preocupações sobre uma possível nova guerra comercial com a China. Esse cenário pode beneficiar o milho brasileiro caso os chineses decidam redirecionar parte das compras para o Brasil. Entretanto, o grão brasileiro está atualmente com preços mais elevados do que os concorrentes no mercado global, fator que tem contribuído para uma desaceleração nas exportações.
Até outubro deste ano, as exportações de milho do Brasil apresentaram uma queda de aproximadamente 30% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Se o ritmo não aumentar nos próximos meses, o país poderá encerrar o ano com exportações pouco acima de 40 milhões de toneladas, ficando abaixo do desempenho registrado na safra 2020/21, mas ainda acima da média dos últimos cinco anos, que gira em torno de 40 milhões de toneladas.
Enquanto isso, o milho norte-americano se destaca como uma das opções mais competitivas do mercado global. O relatório semanal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) aponta que o país já comprometeu cerca de 28,5 milhões de toneladas para exportação no atual ano-safra, um aumento expressivo de 40% em relação às 19,2 milhões de toneladas no mesmo período do ano passado. Se essa tendência continuar, os EUA podem fechar o ciclo com cerca de 59 milhões de toneladas exportadas, consolidando sua posição de liderança no mercado mundial.
A análise da Grão Direto indica que, mesmo diante desse cenário de concorrência acirrada, o milho brasileiro poderá registrar uma leve recuperação nas exportações, dependendo do desenrolar das tensões comerciais globais e do comportamento dos preços.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte: Agrolink
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