A Petrobras fechou o terceiro trimestre de 2024 com um lucro líquido de R$ 32,5 bilhões, representando um crescimento de 22,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Esse resultado positivo marca uma reversão significativa em relação ao prejuízo de R$ 2,6 bilhões registrado no segundo trimestre, impacto atribuído ao pagamento de R$ 11,9 bilhões em dívidas fiscais, conforme acordo com o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).
O Ebitda ajustado da estatal, indicador da geração de caixa, atingiu R$ 63,66 bilhões, apresentando uma queda de 3,8% em relação ao mesmo trimestre de 2023, mas com um avanço de 28% frente ao segundo trimestre de 2024. O fluxo de caixa livre foi de R$ 38,04 bilhões, sendo 7,1% menor na comparação anual e 19,3% superior em relação ao trimestre anterior. A receita de vendas somou R$ 129,58 bilhões, com aumento de 3,8% frente ao ano passado.
A dívida líquida da Petrobras encerrou o período em US$ 44,2 bilhões, um crescimento de 1,2% em comparação anual. No entanto, em relação ao segundo trimestre, a estatal conseguiu reduzir a dívida líquida em 4,1%, enquanto a dívida bruta totalizou US$ 59,13 bilhões, dentro do limite de US$ 65 bilhões estabelecido pelo estatuto.
O Conselho de Administração aprovou o pagamento de dividendos intercalares no valor de R$ 17,12 bilhões, que representa R$ 1,3282 por ação ordinária e preferencial. Este montante será distribuído em duas parcelas, previstas para os dias 20 de fevereiro e 20 de março de 2025. A Petrobras já distribuiu cerca de R$ 44,17 bilhões em dividendos ao longo deste ano e mantém uma reserva de R$ 15,5 bilhões para dividendos extraordinários, que poderão ser pagos após a divulgação do Plano Estratégico 2025-2029, esperada para o quarto trimestre.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper