Continuando nossa série de reportagens contando a história dos atletas da temporada 2021 do Guarany/Cotriel/Sicredi, nesta edição a conversa foi com Felipe da Cunha Fernandes, o Bipe.

Bipe nasceu no dia 15 de janeiro de 1986 esta com 35 anos, sendo muitos deles dedicado ao futsal, casado com Fabiane, pai do João Vicente e a espera do segundo filho que irá se chamar Pedro Raul. O atleta hoje reside em Espumoso e já se considera um cidadão espumosense.

Natural de Porto Alegre, com poucos anos de idade sua família mudou para São Leopoldo, onde foi criado e com 20 anos começou sua trajetória saindo para buscar seu sonho em outras cidades para jogar futsal. Iniciei com 4 anos na Escolinha do SESI, onde tirei um grande aprendizado como pessoa e cidadão.  

Nas categorias de base jogou no Inter e na Ulbra futsal, já no futebol de campo quandtinha 13 anos jogou no Internacional como atacante e foi treinado pelo técnico Osmar Loos. Voltou para o futsal onde foi muito bem recebido. Bipe salientou que ama o futsal, e que é um esporte  muito prazeroso.

Jogou no Colégio Londrinense no Paraná, onde passou momentos complicados até porque sempre esteve com a família. Em Londrina atuou por 2 anos. Depois foi para o Paraná Clube, Atlântico de Erechim, Santa Cruz do Sul, Tubarão,  Florianópolis, onde parou de jogar, por não receber seus salários durante 4 meses. Em Florianópolis Vandré foi seu treinador. 

Bipe teve até momentos que chegou a parar com o futsal por apego a família e querer estar por perto, onde trabalhou na empresa dos pais.

O Guarany no caminho

O primeiro contato foi através do goleiro Rafa Missio, que perguntou se ele jogaria uma Série Bronze, depois disse muitos telefonemas para que Bipe vestisse a camisa do Indio e em 2014 foi feito um acordo e o atleta esta até hoje em Espumoso. Na competição o Guarany não estava bem na tabela e a direção queria contar com seu futsal para buscar a classificação. “Eu sem treinar, ainda me perdi na estrada fui para em Mormaço, estava afim de desistir mas quando cheguei aqui, fui tratado tão bem e aquilo pra mim foi o carinho que precisava para continuar no futsal. Aqui tive um dos anos mais felizes da minha vida, porque as pessoas faziam isso com amor, dedicaçã, com o coração e eu acabei pegando um amor tão grande por este clube que jogava com a alma e vinha pra cá muito feliz de poder ajudar.” Afirmou. 

Em 2015 atuou pela ALAF e parou com o futsal novamente.

E, ai surge o Guarany novamente em seu caminho. Em 2016 a conquista do título de campeão da Série Prata. 2017 e 2018 a equipe fez boas campanhas.

E como nem tudo é alegria, Bipe passou momentos dificeis com problemas de saúde, ficando dois anos assitindo o Guarany das arquibancadas. No ano de 2019 com 33 anos, ao fazer exames de rotina, foi constatado um problema no coração e o médico pediu para tomar cuidado e ao analizar mais profundamente teve que fazer uma cirurgia para não ter problemas no futuro, ficando parado por dois anos. Tendo voltado a atuar pela ASAF de Campos Borges. Com isso o Guarany o chamou e em uma conversa com o técnico Vandré ele balançou e esta de volta. 

“Deus esta me dando mais uma chance de fazer diferente o que eu fiz uma vida inteira  como atleta, de deixar um legado para as próximas gerações. Toda vez que parei de jogar alguma me dizia para que eu não parasse.”

Bipe chegou a abrir uma escola de trabalhos personalizados, o que ele pensa poderá ser o seu futuro, passar o que aprendeu com grandes treinadores para esta gurizada que esta chegando agora.

Reportagem: Fernando Azevedo

Edição: Francisco Darold