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Feijão carioca de alta qualidade registra valorização em diversas regiões, apesar de preços ainda abaixo da média histórica
Por FRANCISCO DAROLD
Publicado em 01/08/2025 16:00
AGRO

O mercado do feijão carioca voltou a apresentar valorização significativa entre os dias 17 e 25 de julho, segundo o Indicador Cepea/CNA. Mesmo com a colheita avançada nas principais regiões de produtos, os grãos de melhor qualidade, com coloração clara e escurecimento lento, seguem com alta demanda, o que tem sustentado os preços.

O destaque ficou para o feijão nota 9 ou superior, que teve os maiores aumentos. Em Itapeva (SP), a saca subiu 6,36%, fechando a R$ 240,72. Em Goiás, os preços também subiram: 5,35% no Centro/Noroeste (R$ 218,43/sc) e 3,68% no Leste (R$ 213,22/sc). Já em Minas Gerais, os avanços foram de 3,95% no Noroeste e 3,29% no Sul/Sudoeste, com nível alto de 0,62% no Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, onde a saca atingiu R$ 218.

Apesar da recuperação pontual, o indicador alerta que os valores seguintes seguem abaixo da média histórica desde setembro de 2024 em praticamente todas as regiões. Em Itapeva, por exemplo, o preço médio no período foi de R$ 260,32/sc, contra os atuais R$ 240,72/sc.

Entre os grãos comerciais (notas 8 e 8,5), o mercado também registrou alta, com destaque para o Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba, que teve valorização de 16,56% (R$ 203,33/sc). Outros aumentos expressivos ocorreram em Itapeva (+15,41%), Curitiba (+14,68%) e na Metade Sul do Paraná (+12,29%).

Mesmo assim, regiões como Curitiba ainda operam abaixo da média histórica. A capital paranaense tem preço atual de R$ 168,67/sc, frente à média de R$ 197,23/sc no último ano. Já o Triângulo Mineiro já se aproxima do valor médio do período, diminuindo uma possível estabilização futura.

Feijão preto tem mercado mais estável

Já o feijão preto tipo 1 apresenta comportamento mais moderado, com o mercado abastecido por estoques e colheitas anteriores. O destaque negativo foi o Noroeste do Paraná, que registrou queda de 6,35%, com a saca a R$ 126,43. Em Curitiba e na Metade Sul do estado, os preços subiram timidamente (1% e 0,95%, respectivamente). O Nordeste do Rio Grande do Sul manteve estabilidade (R$ 141,43/sc), enquanto o Oeste Catarinense teve recuperação de 0,67%.

Produtores devem ficar atentos

Segundo o assessor técnico da CNA, Tiago Pereira, o momento exige atenção estratégica dos produtores, especialmente diante da valorização dos lotes mais padronizados. “Com o mercado priorizando feijões de melhor qualidade, muitos produtores inicialmente a avaliar o uso de câmaras frias como alternativa para preservar a cor e garantir melhores oportunidades de venda mais futuras”, orienta.

Os preços regionais atualizados podem ser acompanhados pelo canal do Cepea no WhatsApp ou no site oficial do Indicador Cepea/CNA.

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