A colheita do milho silagem no Rio Grande do Sul alcançou 96% da área cultivada, conforme aponta o Informativo Conjuntural divulgado recentemente pela Emater/RS-Ascar. O ritmo da colheita foi afetado pelas chuvas do período, que, embora tenham desacelerado os trabalhos no campo, trouxeram benefícios importantes para as lavouras, como a recuperação da turgescência foliar e o aumento da umidade nas espigas. Essas condições favoreceram a concentração de matéria seca e melhoraram a qualidade nutricional da forragem.
A estimativa de produtividade média para a safra 2024/2025 foi revisada para 35.934 quilos por hectare, o que representa uma redução de 6,52% em relação à previsão inicial de 38.440 quilos por hectare feita no momento do plantio. A área plantada com milho silagem nesta safra é de 339.555 hectares, número 6,3% menor que o registrado na safra anterior, de acordo com dados do IBGE, que apontam 362.331 hectares cultivados no ciclo 2023/2024.
Apesar da redução na área e na produtividade média, o volume total colhido nesta safra chegou a 12,20 milhões de toneladas, um aumento de 10,4% em relação à safra anterior, quando foram colhidas 11,05 milhões de toneladas. Ainda assim, o número representa uma queda de 11,2% em relação à estimativa inicial da safra, que projetava 13,74 milhões de toneladas.
As maiores áreas de cultivo estão concentradas nas regiões de Ijuí, com 55.315 hectares e produtividade de 33.571 kg/ha; Lajeado, com 54.083 hectares e produtividade de 36.960 kg/ha; e Santa Rosa, com 47.210 hectares e produtividade de 33.710 kg/ha. A cultura do milho silagem segue sendo fundamental para a produção de forragem destinada à alimentação de animais em propriedades leiteiras e de corte, especialmente em um cenário de instabilidades climáticas.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
