A produção de feijão da segunda safra no Rio Grande do Sul deve sofrer uma queda de 9,4% em relação ao ciclo anterior, conforme dados divulgados nesta quinta-feira (15) pela Emater/RS-Ascar. O Informativo Conjuntural da entidade aponta que a colheita, até o momento, alcança 45% da área cultivada no Estado.
Segundo a atualização, a área semeada nesta safra foi de 15.597 hectares, o que representa uma retração de 29,9% em comparação aos 22.251 hectares registrados em 2023, conforme o IBGE. A produção estimada é de 20,54 mil toneladas, abaixo das 22,68 mil toneladas colhidas no ano passado. Quando comparada à estimativa inicial para a atual safra — que previa 29,65 mil toneladas —, a redução chega a 30,7%.
A produtividade também foi revisada para baixo. A média atual projetada é de 1.317 quilos por hectare, o que representa um recuo de 16,2% em relação ao que se esperava no início da safra.
O relatório da Emater/RS-Ascar aponta que a falta de chuvas afetou negativamente o desenvolvimento das lavouras. “A limitação hídrica ao longo da maior parte do ciclo, atenuada por apenas dois eventos de precipitação significativa após a semeadura, comprometeu o desenvolvimento vegetativo das plantas”, afirma o documento. A consequência foi a redução da estatura das plantas e do potencial produtivo, especialmente nas lavouras em sequeiro.
Por outro lado, nas áreas com irrigação, a entidade destaca que a qualidade do grão é considerada boa, com coloração intensa e bom desenvolvimento. As chuvas registradas nos dias 8 e 9 de maio favoreceram especialmente as lavouras em fase de enchimento de grãos, etapa determinante para o rendimento final.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper