O furacão Melissa chegou à categoria 5 — o nível máximo na escala Saffir-Simpson — nesta segunda-feira (26) e avança com força total em direção à Jamaica. De acordo com o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC), a tempestade apresenta ventos superiores a 260 km/h e segue em trajetória lenta, o que aumenta o risco de impacto prolongado sobre o território jamaicano.
Melissa é o terceiro furacão categoria 5 registrado nesta temporada no Atlântico, um evento considerado raro. A previsão indica que o olho da tempestade deve atingir a ilha entre a noite desta segunda e a terça-feira, provocando maré ciclônica, ventos extremos e volumes de chuva considerados potencialmente devastadores.
Risco extremo para a Jamaica e o Haiti
Autoridades locais e organismos internacionais alertam para cenários de destruição severa, com possibilidade de danos generalizados à infraestrutura, interrupções prolongadas no fornecimento de energia, bloqueio de estradas e isolamento de regiões inteiras.
As áreas mais vulneráveis são as cidades costeiras e regiões montanhosas, onde há risco elevado de enchentes e deslizamentos.
Na semana passada, Melissa já havia causado mortes na República Dominicana e no Haiti, antes de seguir para o Caribe ocidental. O terreno montanhoso e a fragilidade da infraestrutura desses países agravam o potencial destrutivo da tempestade.
Condições oceânicas favoreceram rápida intensificação
O furacão se fortaleceu rapidamente ao passar sobre águas excepcionalmente quentes do Caribe Central, o que forneceu energia suficiente para elevar o sistema à intensidade máxima.
Meteorologistas alertam que, além da força dos ventos, o volume de chuva projetado pode superar 1.000 mm em 72 horas, especialmente nas encostas montanhosas da Jamaica.
Próximos alvos
Após cruzar a Jamaica, os modelos climáticos indicam que Melissa deve seguir em direção a Cuba, Bahamas e Turks e Caicos, mantendo potencial de danos significativos.
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