De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ambiental, Empreendedorismo e Inovação, Rogério Coradini Oliveira, a etapa de terraplanagem e os primeiros trabalhos no solo devem começar ainda no segundo semestre de 2025. A previsão é de que as obras se intensifiquem em 2027, com início da operação industrial em 2028.

O investimento ultrapassa os R$ 2 bilhões e deverá transformar Cruz Alta em um novo polo regional de produção de biodiesel. A estimativa é que a planta processe um milhão de toneladas de soja por ano — volume três vezes superior à produção média do próprio município. Esse cenário deve mobilizar produtores de municípios vizinhos e alterar significativamente a logística agrícola na região.

Além da produção de biodiesel, a indústria terá aproveitamento integral da soja esmagada. Segundo Coradini, o farelo poderá abastecer a cadeia de rações e a aglicerina, subproduto do processo, será direcionada a empresas dos setores de cosméticos e farmacêutico. "É um projeto que não só transforma a soja em combustível, mas em múltiplas oportunidades de negócio", destacou o secretário.

Com a chegada da Soli3, Cruz Alta deverá atrair novas empresas interessadas em se instalar próximas à unidade, ampliando a geração de empregos e fortalecendo setores como transporte, comércio e serviços. “A escolha de Cruz Alta para receber essa indústria mostra o reconhecimento da nossa infraestrutura, localização estratégica e capacidade de articulação entre o poder público e as cooperativas”, afirmou Coradini.

O lançamento oficial do empreendimento deve ocorrer nos próximos meses. Enquanto isso, as cooperativas seguem com os trâmites legais e os preparativos para dar início às obras que prometem mudar o perfil econômico do município e da região.

Com informações: Jornalista Fernando Kopper