Havia grande risco de o dólar fechar acima de R$ 6 nesta quarta-feira (9), patamar inédito em pouco mais de dois meses, mas Donald Trump fez uma mudança em sua política tarifária, que empurrava a maior parte dos mercados para baixo.
O alívio com a trégua na guerra comercial fez o dólar fechar em queda de 2,54%, para R$ 5,845, descendo dois níveis em pouco mais de 30 minutos. As bolsas americanas decolaram: o índice mais tradicional (Dow Jones Industrial Average ou DJIA) fechou com salto de 7,87%, o mais abrangente (S&P 500), de 9,52% e a Nasdaq, de tecnologia, de inusuais 12,16% – raramente movimentações de bolsa têm dois dígitos. Faltando menos de uma hora para o fechamento, a bolsa brasileira sobe 2,9%.
Trump anunciou que todas as tarifas passarão para 10% por 90 dias, exceto a da China, que será elevada para 125% (veja a íntegra da nota abaixo). A percepção é de que a escalada da guerra comercial poderia desacelerar a economia mundial, o que afeta a circulação de dólares.
Uma das possíveis consequências seria a valorização da moeda americana por menor oferta de dólares. A apreensão em torno das tarifas também arrasta os mercados de risco – como o brasileiro – para baixo. Como haverá uma pausa, abre espaço para o real se fortalecer frente à moeda americana.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte: GZH