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Eduardo Bolsonaro anuncia licença do mandato e se dedica a campanha nos EUA por anistia e sanções contra Moraes
Publicado em 19/03/2025 09:26
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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) anunciou, em vídeo publicado em suas redes sociais nesta terça-feira (18), que tomou a "decisão mais difícil de sua vida": licenciar-se do mandato na Câmara para se dedicar em tempo integral a uma campanha nos Estados Unidos. O objetivo da sua iniciativa é convencer o governo de Donald Trump a apoiar a anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro no Brasil e pressionar por sanções ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, relator do processo sobre a tentativa de golpe de Estado no qual o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi denunciado.
Eduardo afirmou que, ao fazer isso, estará sendo "julgado por um inimigo declarado", referindo-se a Moraes, e declarou que não se submeterá ao regime de exceção que acusa existir no Brasil. "Não irei me acovardar, não irei me submeter ao regime de exceção e aos seus truques sujos", disse, em tom de confronto com o ministro, a quem chama de "psicopata" e "homem de geleia". Ele ainda acusou Moraes de ser o líder da "gestapo da Polícia Federal", em uma comparação com a polícia secreta do regime nazista de Hitler.
Apesar de não ser investigado nem ter sido denunciado formalmente, Eduardo continua a se colocar como alvo de perseguição política. A decisão de se licenciar ocorreu em um momento delicado, pouco após a Procuradoria Geral da República (PGR) se manifestar contra um pedido de parlamentares petistas para que o deputado tivesse seu passaporte retido. O pedido foi posteriormente arquivado pelo STF.
O anúncio de Eduardo gerou repercussão em Brasília, especialmente após a conversa com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que comunicou a decisão de não indicá-lo à presidência da Comissão de Relações Exteriores da Câmara. Este afastamento ocorre em meio a uma movimentação constante de Eduardo nos Estados Unidos, onde, em suas visitas, tem buscado apoio de parlamentares americanos e empresários para medidas contra o governo brasileiro.
A decisão de Eduardo também está inserida em um contexto político mais amplo, com a proximidade de um possível julgamento de Bolsonaro no STF. A Corte decidirá em 25 de março se o ex-presidente se tornará réu, após ser denunciado pela Procuradoria Geral da República. Enquanto isso, o trabalho de articulação de Eduardo resultou em críticas internacionais ao Brasil, como a recente nota do Departamento de Estado dos EUA, acusando o STF de censura, especialmente nas questões relacionadas às redes sociais e à atuação de Moraes.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
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