A instabilidade na defesa gremista ficou evidente nas últimas partidas, especialmente no clássico anterior contra o Internacional, quando a equipe sofreu dois gols em jogadas aéreas. Na vitória sobre o Athletic, pela Copa do Brasil, os problemas voltaram a aparecer, reforçando a necessidade de ajustes urgentes.

— Não tivemos tempo de trabalhar com a mesma defesa. É difícil assim. Esperamos que, com o passar dos jogos, possamos encontrar o funcionamento defensivo. O Inter aproveitou as oportunidades que teve, e nós não estivemos sólidos na marcação de cruzamentos — afirmou Quinteros.

Desde o início da temporada, o treinador só conseguiu repetir a dupla de zaga em uma oportunidade, nos duelos contra o Juventude pelo Gauchão. Mesmo assim, a expulsão de Jemerson no jogo de volta impediu a sequência da formação. Agora, ele volta a estar disponível para o Gre-Nal, podendo reforçar a equipe.

A psicóloga esportiva e comentarista Renata Almada destaca que a falta de entrosamento defensivo não é apenas um problema tático, mas também psicológico. Segundo ela, para um setor funcionar bem, os jogadores precisam desenvolver uma conexão intuitiva, conhecida como "jogar de memória".

— É necessário trabalhar um conceito chamado ressonância empática, que se refere aos vínculos invisíveis entre jogadores de um setor do campo. Isso permite que antecipem os movimentos uns dos outros e dificultem a ação do adversário — explicou Renata.

Além disso, ela aponta que o rendimento coletivo pode ser aprimorado com fortalecimento da coesão do grupo, comunicação motriz dentro de campo e boas relações interpessoais.

Para o clássico, além da volta de Jemerson, a comissão técnica avalia a recuperação dos laterais João Pedro e Lucas Esteves. Caso eles não estejam aptos, João Lucas e Luan Cândido devem assumir as laterais no Gre-Nal.

Com informações: Jornalista Fernando Kopper