Os golpistas acessam informações reais dos processos, como número do caso, nomes de advogados e do juiz responsável. Com esses dados, enviam documentos falsos às vítimas, informando que a causa foi ganha sem possibilidade de recurso da empresa. Na sequência, solicitam o pagamento de valores sob a promessa de liberação do montante total posteriormente. O contato é feito principalmente por mensagens de WhatsApp. Após o depósito, os criminosos desaparecem e desativam os canais de comunicação.

Entre os golpes semelhantes já identificados, está o envio de documentos falsos simulando guias judiciais para solicitar depósitos sob justificativas enganosas, como liberação de certidões ou levantamento de valores. Também há casos de intimações falsas enviadas por e-mail com timbres e assinaturas fraudulentas, exigindo pagamentos indevidos. O TRT-RS reforça que e-mails legítimos enviados por oficiais de justiça sempre possuem a extensão @trt4.jus.br e contêm apenas arquivos PDF assinados eletronicamente. Outro golpe identificado é o do recolhimento de custas em precatórios, no qual fraudadores se passam por advogados e informam que a vítima precisa pagar uma taxa para obter uma “Declaração Anual de Isenção de Imposto de Renda”.

Para evitar cair nesses golpes, o TRT-RS orienta que os trabalhadores desconfiem de contatos diretos do Tribunal, pois a instituição não solicita pagamentos diretamente às partes envolvidas nos processos, sendo a comunicação oficial realizada, geralmente, por meio dos advogados. Também é recomendado verificar a autenticidade dos e-mails recebidos e não clicar em links desconhecidos, que podem levar a sites fraudulentos.

Caso suspeite de uma tentativa de golpe, o trabalhador deve entrar em contato com seu advogado ou com a unidade judiciária onde seu processo tramita. Denúncias também podem ser feitas à Corregedoria do TRT-RS pelo e-mail corregedoria@trt4.jus.br. Se houver prejuízo financeiro, é recomendado registrar um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima ou na delegacia virtual do Estado. O Tribunal reforça a importância da divulgação dessas informações para evitar que mais pessoas sejam vítimas de golpes relacionados a processos trabalhistas.

Com informações: Jornalista Fernando Kopper