O aumento expressivo no preço dos ovos nos Estados Unidos, fenômeno chamado de eggflation (junção das palavras "egg", ovo em inglês, e "inflation", inflação), já está gerando reflexos no mercado brasileiro, incluindo o Rio Grande do Sul. A disparada nos preços é consequência de um surto de gripe aviária que atinge diversas regiões do país, resultando na morte de milhões de galinhas e no desabastecimento do produto.
A situação americana, somada à forte onda de calor no Brasil e ao aumento das exportações — incluindo de uma empresa sediada em Vacaria, na Serra Gaúcha —, está pressionando os preços dos ovos no estado. Nos EUA, a dúzia do produto já chega ao equivalente a R$ 90,00.
As exportações brasileiras incluem ovos em casca, que são transportados em bandejas reforçadas para suportar o translado e precisam chegar ao destino em até 30 dias para manter a validade por mais um mês. Além disso, há a exportação de ovos líquidos, onde a casca é retirada e as partes separadas e pasteurizadas, e de ovos em pó, que passam por um processo de desidratação e são utilizados pela indústria alimentícia.
O transporte internacional dos ovos é feito por via marítima, em contêineres refrigerados ou caminhões frigoríficos, os mesmos utilizados para exportação de carnes e frutas. Com a alta demanda global e os impactos climáticos no Brasil, o custo do produto no mercado interno pode continuar subindo nos próximos meses.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
