A vitória do Internacional por 3 a 0 sobre o Brasil de Pelotas, nesta quarta-feira (5), no Beira-Rio, trouxe à tona uma discussão importante sobre o uso do VAR no Campeonato Gaúcho. Apesar do placar expressivo, o protagonismo do árbitro de vídeo, comandado por Douglas Silva, chamou a atenção por ter interferido em dois lances de possível pênalti que, segundo especialistas, sequer deveriam ter sido revisados.
O árbitro Roger Goulart mostrou firmeza ao sustentar suas decisões, seguindo a recomendação de campo mesmo após ser chamado ao monitor para verificar disputas normais em escanteios – uma para cada lado. Essa atitude foi elogiada, mas expôs uma linha preocupante: o VAR, que deveria corrigir erros claros, tem entrado em lances interpretativos, aumentando a chance de gerar polêmicas desnecessárias.
Com o Gre-Nal se aproximando, o tema ganha ainda mais relevância. O clássico, marcado pela intensidade dentro e fora de campo, exigirá uma arbitragem firme e um VAR equilibrado. Especialistas alertam que, se o vídeo continuar interferindo de forma exagerada, o risco de uma decisão polêmica aumentar pode comprometer o espetáculo e a justiça do resultado.
A reflexão central é clara: o VAR foi criado para auxiliar a arbitragem, corrigindo falhas graves. Quando o contrário começa a acontecer, com a arbitragem de campo “corrigindo” o VAR, inverte-se a lógica do sistema. Para o Gre-Nal e outros jogos decisivos, é essencial que o foco esteja no jogo, e não em revisões desnecessárias que atrapalhem o andamento da partida.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
