A produção de erva-mate no Rio Grande do Sul segue em avanço, conforme aponta o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado recentemente. O plantio, a colheita e a comercialização apresentam ritmos distintos entre as regiões, com destaque para o crescimento das mudas, a industrialização e os preços pagos aos produtores.
Em Frederico Westphalen, o plantio de mudas de pequeno porte foi concluído, e as plantas estão em fase de monitoramento. Alguns produtores realizam replantio tardio com mudas maiores, enquanto a produção de folhas permanece dentro do esperado. A colheita ocorre de forma reduzida devido ao período de brotação, mas a exportação segue sem impactos significativos. Na região, os preços estão em R$ 24,00 por arroba para a erva-mate destinada ao chimarrão, R$ 20,00 por arroba para exportação e tererê, e R$ 1,80 por unidade de muda.
Em Passo Fundo, ocorre atualmente a coleta de frutos para extração de sementes destinadas à safra 2025/2026. No entanto, a escassez de chuvas prejudicou o desenvolvimento dos ervais, com possibilidade de redução na produtividade. A baixa umidade do solo já provocou o cancelamento de manejos como adubação e poda. Na região, os preços estão em R$ 17,50 por arroba para a erva-mate comum e R$ 18,50 para a cultivar Cambona 4.
Já na região de Soledade, os ervais estabelecidos mantêm condições adequadas de umidade, apesar do período seco, mas os recém-implantados apresentam crescimento limitado devido à baixa disponibilidade hídrica. Além disso, pragas como a ampola (Gyropsylla spegazziniana) exigem monitoramento constante para evitar prejuízos. Os preços variam entre R$ 18,00 e R$ 23,00 por arroba nas localidades de Itapuca e Mato Leitão.
A produção de erva-mate mantém sua relevância no estado, com algumas regiões enfrentando desafios climáticos, enquanto outras seguem com atividades normalizadas. O setor continua a ser um pilar importante da economia agrícola gaúcha.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper