O aumento ocorre em meio a discussões no governo sobre os preços dos combustíveis. Na segunda-feira (27), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, para tratar do tema. Participaram também os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Silveira (Minas e Energia). Na quinta-feira (30), Lula afirmou que não autorizou o aumento e ressaltou que decisões desse tipo são de competência exclusiva da Petrobras. Ele também minimizou preocupações sobre possíveis protestos de caminhoneiros, garantindo estar disposto a dialogar.

Além do reajuste anunciado pela Petrobras, entra em vigor neste sábado um aumento no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A alíquota será elevada para R$ 1,12 por litro de diesel e biodiesel, medida aprovada pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) no final de 2024. Especialistas apontam que o aumento reflete a defasagem de preços em relação ao mercado internacional, com o diesel acumulando um atraso de 15,15%.

A decisão já gerou insatisfação entre caminhoneiros, que agendaram um encontro no Porto de Santos no dia 8 de fevereiro para discutir possíveis medidas. Apesar das críticas, Lula reforçou que o preço do diesel permanece mais baixo do que em dezembro de 2022, quando houve reduções acumuladas de até R$ 0,77 por litro. O mercado agora aguarda os impactos da medida e os desdobramentos das negociações entre governo, Petrobras e representantes dos setores afetados.

Com informações: Jornalista Fernando Kopper