Nascido em 22 de julho de 1932, em Cordeirópolis, interior de São Paulo, João Baptista Belinaso Neto iniciou sua carreira no rádio em 1947 e adotou o nome artístico de Léo Batista. Trabalhou em diversas rádios paulistas antes de se mudar para o Rio de Janeiro, em 1952, quando ingressou na rádio Globo como locutor e redator de notícias.

Apesar da forte ligação com o jornalismo esportivo, Batista também marcou a história política do país ao noticiar o suicídio do presidente Getúlio Vargas, em 1954, e o assassinato do presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, em 1963. Sua carreira televisiva teve início na extinta TV Rio, onde comandou o Telejornal Pirelli por mais de 13 anos. Após breve passagem pela TV Excelsior, chegou à TV Globo em 1969, tornando-se um dos principais nomes da emissora, participando de programas e telejornais esportivos de destaque.

A última aparição de Léo Batista na televisão foi em 26 de dezembro de 2023, no programa vespertino da Globo. “Léo Batista trabalhou com o que gostava até praticamente os últimos dias de sua vida”, declarou a emissora em nota.

Profissionais da imprensa esportiva prestaram homenagens ao jornalista. “A maior referência para todos os jornalistas esportivos do Brasil”, disse Rodrigo Campos, locutor da TV Brasil. Já o radialista Waldir Luiz, da Rádio Nacional, destacou: “A gente se acostumou a ouvir a voz do Léo Batista”.

O Botafogo de Futebol e Regatas, clube pelo qual Léo Batista torcia, também prestou tributo, lembrando que ele era sócio desde 1992 e exaltava o nome do clube sempre que podia. Em 2022, a cabine de TV do estádio Nilton Santos foi batizada com seu nome, em reconhecimento à sua trajetória.

Léo Batista deixa um legado inestimável ao jornalismo esportivo, sendo lembrado como uma das vozes mais emblemáticas da televisão brasileira.

Com informações: Jornalista Fernando Kopper