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2024: Um ano difícil para o mercado financeiro brasileiro, enquanto os EUA e os criptoativos se destacam
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Publicado em 09/01/2025
O ano de 2024 será lembrado como um dos piores para o mercado financeiro brasileiro, com uma queda aproximada de 30% nas ações brasileiras, quando medido em dólar. Esse desempenho negativo reflete a situação interna do Brasil, que contrastou com a boa performance observada no mercado americano e nos criptoativos, impulsionados pela vitória de Donald Trump nas eleições americanas.
O dólar, mais uma vez, foi o destaque do mês, com uma alta de 3,53%. Já o índice Ibovespa recuou 4,28% em dezembro, evidenciando o ambiente desafiador para os investidores no Brasil. O índice IMA-B, que acompanha os títulos federais indexados à inflação, também registrou um desempenho negativo em 2024, refletindo os riscos fiscais do país.
A vitória de Donald Trump, que reassume a presidência dos Estados Unidos em 20 de janeiro, gerou grande expectativa. Com a economia americana ainda sólida, com crescimento de 2,8% no consumo das famílias e baixos índices de desemprego, as expectativas para 2024 seguem positivas, embora a inflação tenha mostrado sinais de piora no final do ano. Espera-se que o governo Trump adote uma política monetária mais apertada, limitando novos cortes de juros, com a taxa americana projetada para ficar entre 4,0% e 4,25% até o final de 2025.
Na Europa, o cenário é bem mais desafiador. A economia da Zona do Euro está em retração, com o PMI em níveis preocupantes e queda no emprego industrial na Alemanha e França. A situação fiscal de países como França e Itália acende um alerta para o futuro do bloco. Enquanto isso, na Ásia, a China enfrenta um 2025 desafiador, com a ameaça do aumento das barreiras tarifárias de Trump, o que pode prejudicar ainda mais a economia chinesa, que se prepara para adotar estímulos fiscais e estratégias de desvalorização de sua moeda.
O cenário global para 2024 e 2025 promete ser complexo, com diferentes regiões enfrentando desafios econômicos e políticos distintos, enquanto o mercado brasileiro luta contra o cenário interno instável.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
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