O Ministério Público do Rio Grande do Sul investiga possíveis violações das medidas cautelares impostas ao humorista Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, que deixou a prisão na última quarta-feira (27) após mais de 130 dias detido. Solto por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Nego Di está proibido de frequentar e usar redes sociais, o que gerou questionamentos sobre publicações relacionadas a ele.
Entre as postagens analisadas está uma foto compartilhada pelas advogadas de defesa, Tatiana Vizzotto Borsa e Camila Kersch Rodrigues, em que Nego Di aparece ao fundo saudando a câmera. A publicação foi apagada, mas levantou dúvidas sobre o descumprimento das restrições judiciais. Em nota, o Ministério Público declarou que "todas as informações e notícias sobre possível violação serão analisadas para que o MPRS tome as medidas cabíveis".
Nego Di é réu por estelionato, acusado de ser sócio de uma loja virtual que não entregava os produtos anunciados, gerando mais de 370 denúncias de clientes lesados. A investigação conduzida pela Polícia Civil aponta que o número de vítimas pode chegar a 1,8 mil. Preso inicialmente em Santa Catarina, o influenciador foi transferido para a Penitenciária Estadual de Canoas 1 (Pecan 1).
Na decisão que concedeu a liberdade provisória, o ministro Reynaldo Soares da Fonseca destacou que os supostos crimes não envolveram violência ou grave ameaça, além de considerar favoráveis o réu ser primário e possuir residência fixa. No entanto, foram impostas cinco medidas cautelares, incluindo a proibição de uso de redes sociais.
A defesa alega que Nego Di não tinha intenção de causar prejuízo aos consumidores e que buscou ressarcir parte das vítimas. O caso segue em análise, e novas decisões podem ser tomadas caso sejam encontradas irregularidades no cumprimento das condições da liberdade provisória.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper