A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), referente ao período de agosto a outubro de 2024, revelou dados históricos sobre o mercado de trabalho brasileiro. Com a menor taxa de desemprego já registrada desde o início da série histórica em 2012, o país alcançou 6,2% de desemprego, o equivalente a 6,8 milhões de pessoas em busca de emprego. Este é o menor número de desocupados em uma década, desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população desocupada apresentou uma queda de 8,0% no comparativo com o trimestre anterior, o que corresponde a 591 mil pessoas a menos, e de 17,2% em relação ao mesmo período de 2023, com redução de 1,4 milhão de desocupados.
A população ocupada também atingiu um recorde histórico, alcançando 103,6 milhões de pessoas, com crescimento de 1,5% no trimestre (mais 1,6 milhão de pessoas) e de 3,4% no ano (mais 3,4 milhões de pessoas). O nível de ocupação, que mede o percentual de pessoas ocupadas em relação à população em idade de trabalhar, subiu para 58,7%, marcando outro recorde.
Outro dado relevante foi a taxa composta de subutilização, que também registrou uma queda, atingindo 15,4% no período. A população subutilizada, que inclui trabalhadores com jornadas menores do que a desejada, caiu para 17,8 milhões, o menor número desde maio de 2015.
A pesquisa também apontou a continuidade da melhora no setor privado, com o número de empregados no setor atingindo 53,4 milhões, recorde histórico. O número de empregados com carteira assinada no setor privado também subiu para 39 milhões, e o de empregados sem carteira para 14,4 milhões. O setor público, por sua vez, registrou 12,8 milhões de trabalhadores, com aumento de 5,8% em relação ao ano anterior.
Apesar dos avanços, a taxa de informalidade no mercado de trabalho permanece elevada, atingindo 38,9% da população ocupada, o que equivale a 40,3 milhões de trabalhadores informais.
Por fim, o rendimento médio dos trabalhadores também apresentou crescimento. O rendimento real habitual, que atingiu R$ 3.255, registrou um aumento de 3,9% em relação ao ano passado. A massa de rendimento real habitual somou R$ 332,6 bilhões, refletindo um crescimento de 7,7% em comparação com 2023.
Esses dados evidenciam a recuperação contínua do mercado de trabalho brasileiro, embora desafios como a informalidade ainda persistam.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper