O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou uma alta de 0,62% em novembro, após uma variação de 0,54% em outubro, conforme dados divulgados nesta terça-feira, 26, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com esse resultado, o índice acumula um aumento de 4,35% no ano até novembro, e a taxa em 12 meses ficou em 4,77%.
Dos nove grupos de produtos e serviços analisados, oito apresentaram alta em novembro. O maior impacto no índice veio do grupo de Alimentação e Bebidas, que registrou aumento de 1,34%, refletindo um impacto de 0,29 pontos percentuais (p.p.) no índice geral. Esse grupo tem sido responsável por aumentos consecutivos nos últimos meses. A alimentação fora do domicílio, por exemplo, desacelerou, passando de 0,66% em outubro para 0,57% em novembro, embora o lanche tenha registrado uma leve aceleração, de 0,76% para 0,78%.
O grupo de Despesas Pessoais também teve impacto significativo, com uma variação de 0,83%, sendo impulsionado, principalmente, pelo aumento no preço do cigarro (4,97%), decorrente da elevação da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que entrou em vigor no início de novembro.
No setor de Transportes, a alta foi de 0,82%, com destaque para o aumento de 22,56% nas passagens aéreas, que teve o maior impacto individual no índice (0,14 p.p.). Além disso, o preço do gás veicular aumentou 1,06%, e a gasolina subiu 0,07%, enquanto o etanol e o óleo diesel apresentaram quedas nos preços.
A energia elétrica, por sua vez, apresentou um aumento mais modesto de 0,13%, uma desaceleração significativa em relação ao mês anterior, quando havia subido 5,29%. Isso se deve à vigência da bandeira tarifária amarela, que entrou em vigor no início de novembro.
Em termos regionais, todas as 11 áreas de abrangência do IPCA-15 registraram alta, com Recife (0,94%) apresentando a maior variação devido à alta na gasolina (6,34%) e nas passagens aéreas (21,12%). O menor aumento foi em Porto Alegre (0,25%), que registrou queda nos preços da energia elétrica e da gasolina.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper