Na última quinta-feira (21), a juíza Adriana Cardoso dos Reis, da 37ª Vara Cível de São Paulo, confirmou estar ciente da aquisição da dívida pela qual o Grêmio assumiu a responsabilidade pela construção da Arena, anteriormente devida ao Banrisul. O clube gaúcho se tornou responsável pelo pagamento da dívida, após o fundo de investimento administrado pela Reag ter comprado os créditos do Banco do Brasil e Santander em abril.
Com isso, a magistrada solicitou que as partes envolvidas se manifestem sobre o andamento da ação de penhora do estádio. Embora a direção do Grêmio tenha optado por não se manifestar, é claro que o clube não deseja que a Arena seja penhorada. Por outro lado, a Reag também não tem interesse no leilão do estádio, embora até o momento a equipe da coluna não tenha conseguido obter respostas dos representantes da empresa.
A decisão de Adriana Cardoso dos Reis, que determina que as partes se posicionem no prazo de 30 dias, foi tomada após a suspensão do processo desde setembro de 2023, quando a 24ª Câmara de Direito Privado do tribunal determinou o adiamento da tramitação por um ano, aguardando o julgamento de uma ação no Rio Grande do Sul. O processo, que já tramita há nove anos, foi originado a partir de uma decisão liminar de 2016, que determinou que toda a arrecadação da Arena Porto-Alegrense, que não fosse destinada à manutenção do estádio, fosse repassada aos credores. Contudo, o dinheiro está sendo agora direcionado ao Grêmio e à Reag.
Em relação ao Banrisul, Santander e Banco do Brasil, que não são mais credores pela construção da Arena, a alienação fiduciária sobre o estádio poderá ser revertida a qualquer momento. Com a resolução dessa pendência, o Grêmio deverá realizar a troca de chaves com as empresas Karagounis e OAS 26, o que permitirá ao clube assumir a propriedade da Arena, deixando de lado o Olímpico.
O próximo desafio para o Grêmio será assumir a gestão da Arena, que atualmente tem um contrato com a Arena Porto-Alegrense até dezembro de 2032. Para que o clube assuma diretamente a administração do estádio, será necessário quitar uma dívida de aproximadamente R$ 160 milhões com a empresa. Há especulações de que a Arena Porto-Alegrense possa aceitar um pagamento de R$ 60 milhões à vista para antecipar o acordo.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte e foto: GZH