O Grêmio atravessa um período conturbado, marcado por dificuldades em campo e questões extracampo que geram dúvidas entre torcedores e profissionais do clube. Enquanto a derrota para o Palmeiras ainda ecoa e o duelo contra o Juventude se aproxima, o técnico Renato Portaluppi permanece como a principal voz ativa do clube, apesar de evitar abordar certos assuntos delicados.
Entre explicações sobre o revés em São Paulo e promessas de mudanças no time para o clássico regional, Renato mantém o silêncio sobre a situação de seu auxiliar técnico, Alexandre Mendes. Afastado em 17 de setembro para tratar de “problemas particulares”, conforme nota do clube, Mendes teve seu caso de acusação de violência doméstica arquivado pelo Ministério Público em 20 de outubro. Mesmo assim, não foi reintegrado à comissão técnica, alimentando especulações dentro e fora do CT Luiz Carvalho.
A ausência de Mendes, braço direito de Renato há mais de 20 anos, é vista com estranheza, especialmente considerando a proximidade entre os dois e o histórico do auxiliar, que chegou a comandar o time em ocasiões importantes. Internamente, sua saída permanece sem explicações claras. Embora Mendes tenha enfrentado resistência inicial em sua última passagem, relatos apontam que ele conseguiu reverter a imagem negativa e ganhar a confiança de colegas.
O silêncio de Renato sobre o afastamento de Mendes contrasta com sua habitual postura franca em entrevistas. O caso é mais um capítulo em uma série de situações que geram questionamentos no Grêmio. A recente derrota, as expectativas para o confronto com o Juventude, as incertezas sobre o futuro do técnico em 2025 e temas como a cirurgia do zagueiro Kannemann ou a homenagem à Calçada da Fama de Roger Machado contribuem para um cenário de desconforto.
Enquanto isso, o torcedor gremista se divide entre sonhos, decepções e expectativas. Alguns clamam pela volta de Luiz Felipe Scolari ao comando técnico, outros, até hoje, não superaram a saída de Ronaldinho Gaúcho; há quem peça mudanças imediatas, incluindo a demissão de Renato, e até aqueles que, cansados de sofrer, trocaram o futebol pela bocha nos bares das esquinas. Em suma, a falta de posicionamento do clube sobre questões extracampo e o futuro da equipe continua alimentando incertezas em um momento crucial para o Tricolor.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper