A Delegacia de Delitos de Trânsito do Paraná anunciou, nesta terça-feira (12), o indiciamento de duas pessoas pelo trágico acidente ocorrido em 20 de outubro, que resultou na morte de nove integrantes da equipe de remo "Remar para o Futuro", de Pelotas. Os indiciados são o motorista do caminhão envolvido na colisão, Nicollas Otilio de Lima Pinto, de 39 anos, e o proprietário do veículo, cujo nome não foi divulgado.
Nicollas foi indiciado por homicídio culposo e lesão corporal culposa, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro. A pena pode chegar a seis anos de prisão, além da possibilidade de suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O delegado Edgar Santana afirmou que o motorista apresentava "imperícia", não possuindo a habilidade técnica necessária para conduzir o caminhão.
O dono do caminhão também foi indiciado por homicídio culposo, mas pelo Código Penal, com pena de até quatro anos de prisão. Segundo a investigação, o acidente foi provocado por falhas mecânicas, especialmente nos freios do caminhão. Apenas um dos dez freios funcionava plenamente, enquanto os outros apresentavam desgaste e falhas.
A colisão ocorreu em um trecho sinuoso da BR-376, em Guaratuba, Paraná, onde o limite de velocidade é de 60 km/h. No momento do acidente, sob condições de chuva e neblina, o caminhão estava a mais de 100 km/h, segundo apuração policial. O motorista relatou em depoimento que perdeu os freios e tentou utilizar o freio motor, que também falhou.
O acidente vitimou sete adolescentes, o coordenador técnico do projeto e o motorista da van que transportava a equipe. O relatório final foi encaminhado ao Ministério Público do Paraná, e a defesa de Nicollas informou que está analisando o documento antes de comentar.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte: GZH