O Museu Arqueológico do Rio Grande do Sul (Marsul), localizado em Taquara, terá sua reabertura oficializada em dezembro, após mais de 15 anos fechado para visitação. O anúncio foi feito pela titular da Secretaria da Cultura (Sedac), Beatriz Araujo, durante o XIII Encontro da Sociedade de Arqueologia Brasileira – Regional Sul, realizado na segunda-feira, 11/11.
“É uma imensa alegria estar aqui, em Taquara, no momento em que estamos resgatando a dignidade de mais uma das instituições da Sedac. Nós temos trabalhado muito para reabrir o Marsul, que está fechado desde 2008”, afirmou Beatriz. A reabertura do museu, que é uma referência na pesquisa e preservação do patrimônio arqueológico do estado, ocorre após a conclusão de uma série de reformas, que receberam um investimento de R$ 1,7 milhão, com recursos do programa Avançar na Cultura.
O Marsul, criado em 1966, abriga um dos acervos arqueológicos mais significativos do Brasil, com artefatos de até 12 mil anos, que documentam a história e as culturas dos povos que habitaram o Rio Grande do Sul. O museu passou por uma requalificação estrutural iniciada em 2022, incluindo a criação de uma nova exposição de longa duração e a melhoria das condições de acessibilidade.
Beatriz Araujo destacou ainda a parceria com a prefeitura de Taquara e a importância do investimento contínuo em projetos culturais na cidade. “Queremos continuar apoiando os municípios que têm um olhar atento para a cultura e investir na preservação do patrimônio cultural”, afirmou.
O prédio do Marsul, construído em 1970, possui valor arquitetônico pela sua característica modernista brutalista, mas precisava de adequações, como a impermeabilização das lajes e coberturas, além de adaptações para acessibilidade. Mesmo fechado para visitação, o museu seguiu ativo com pesquisas e atividades relacionadas ao patrimônio arqueológico, como a reconstrução facial forense de um esqueleto de 5 mil anos, em parceria com o designer Cícero Moraes.
Com a reabertura, o Marsul promete ser um importante centro de cultura e conhecimento para o público e continuará seu trabalho de preservação e pesquisa da história dos povos antigos que habitaram a região.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper