O Índice de Insumos para Produção de Leite Cru (ILC) no Rio Grande do Sul teve alta de 2,1% em setembro, impulsionada principalmente pelos custos de concentrado, silagem e energia elétrica, conforme divulgou nesta quinta-feira, 31, a Assessoria Econômica da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul). Esta foi a quinta alta no índice desde o início do ano.
Em contraste, o ILC havia registrado deflação de 0,9% em agosto. No entanto, o aumento recente reflete uma escalada nos custos de insumos que compõem cerca de 80% do custo de produção do leite cru, incluindo o milho, que apresentou uma valorização expressiva de 7,7% no mês, e a soja, o que eleva o custo da alimentação animal.
Embora a inflação de setembro tenha sido atenuada pela queda de 2,9% nos preços dos fertilizantes, atribuída à desvalorização do petróleo, o preço da energia elétrica subiu 9,98% até setembro, acumulando sete altas consecutivas. No acumulado do ano, o ILC apresenta uma deflação de 3,58%, seguindo a tendência do Índice de Preços Recebidos pelos Produtores Rurais (IIPR), que apresenta uma queda acumulada de 7,55%.
Segundo a Farsul, muitos insumos, como energia elétrica, silagem e combustíveis, continuam com altas significativas nos últimos 12 meses, com previsões de continuidade da inflação para outubro, devido a uma nova alta esperada nos preços da soja, do milho, do petróleo e do câmbio, pressionando os custos de fertilizantes e combustíveis para os produtores gaúchos.C
om informações: Jornalista Fernando Kopper