O Rio Grande do Sul segue avançando no plantio de milho, alcançando 81% da área prevista, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O número supera os 76% registrados na semana passada e os 79% do mesmo período em 2023, reflexo das condições climáticas estáveis que permitiram o progresso da semeadura, principalmente nas regiões do Planalto Superior e Sul. A TF Agroeconômica destaca que as lavouras estão em bom estado geral, o que favorece as perspectivas de uma colheita promissora.
Em Santa Catarina, o plantio também segue em ritmo acelerado, atingindo 86% da área planejada. As condições climáticas, com noites amenas e boa radiação solar, beneficiaram o desenvolvimento das lavouras. A demanda pelo milho catarinense reflete preços tributados a partir de R$ 75,00, enquanto compradores indicam valores entre R$ 70,00 e R$ 73,00 CIF para indústrias locais. No meio-oeste catarinense, as cotações variam de R$ 74,00 a R$ 75,50 por tonelada, dependendo do prazo de pagamento.
No Paraná, o plantio de milho já está praticamente concluído, com 95% da área semeada, também favorecido pelas boas condições climáticas. No entanto, as negociações em Cascavel seguem em ritmo lento, devido a uma divergência de preços: compradores oferecem R$ 68,00 por saca FOB, enquanto produtores pedem R$ 70,00 para retirada imediata.
Já em Mato Grosso do Sul, o milho registra valorização significativa. Dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA) apontam um aumento de 4,63% no preço da saca, que chegou a R$ 52,41 na última semana, acumulando uma alta de 49,69% em relação ao ano anterior. Em Maracaju, os preços indicados giram em torno de R$ 62,00, enquanto nos portos a cotação para exportação se inicia em R$ 70,00, refletindo as expectativas de aquecimento tanto no mercado externo quanto interno.
Esses dados mostram um panorama positivo para o milho no Sul do Brasil, com o clima auxiliando no plantio e no desenvolvimento das lavouras, ao passo que o mercado também apresenta sinais de valorização em diversas regiões.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper