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Diagnóstico precoce do câncer de mama pode aumentar a sobrevida em até 95%, destacam especialistas
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Publicado em 22/10/2024
A detecção precoce do câncer de mama é fundamental para aumentar as chances de cura. Quando diagnosticada nos estágios iniciais, a taxa de sobrevida em cinco anos pode atingir até 95%, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM). Exames como a mamografia são essenciais para identificar a doença em fases iniciais, mas, mesmo com os avanços, muitos casos ainda são descobertos tardiamente, o que compromete a eficácia dos tratamentos.
 
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que o Brasil deve registrar quase 74 mil novos casos de câncer de mama entre 2023 e 2025. O diagnóstico precoce, associado a hábitos saudáveis, como a prática regular de atividades físicas, manutenção de um peso adequado e redução no consumo de álcool, é fundamental para reduzir os fatores de risco.
 
As opções de tratamento para o câncer de mama evoluíram significativamente. Cirurgia, quimioterapia, radioterapia e terapias hormonais e alvo estão entre as principais abordagens. A mastologista Larissa Oliveira de Aquino destaca que, além das terapias tradicionais, avanços em tratamentos personalizados estão permitindo maior preservação de tecidos saudáveis e melhores resultados, com menor impacto na qualidade de vida das pacientes.
 
Morgana Trindade Pacheco, radiologista, explica que apenas 10% dos casos de câncer de mama têm relação direta com fatores genéticos. Ela reforça que é importante que todas as mulheres, independentemente do histórico familiar, realizem exames regulares e mantenham um estilo de vida saudável para reduzir os riscos. Pacheco também enfatiza que, apesar do autoexame ajudar as mulheres a conhecerem melhor o próprio corpo, ele não substitui a mamografia, recomendada anualmente a partir dos 40 anos.
 
A prevenção e a conscientização são essenciais para melhorar as taxas de diagnóstico precoce. Em países com maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), a cultura da prevenção está mais enraizada, o que contribui para diagnósticos em estágios iniciais, aumentando as chances de cura. No Brasil, a falta de informação e o acesso limitado aos exames ainda dificultam esse processo, resultando em diagnósticos tardios.
 
Com o avanço das pesquisas na área, o desenvolvimento de novas terapias tem buscado minimizar os efeitos colaterais e melhorar a qualidade de vida das pacientes. O futuro aponta para tratamentos cada vez mais personalizados, com abordagens mais específicas para cada tipo de tumor e um foco maior na prevenção e no diagnóstico precoce.
 
A Sociedade Brasileira de Mastologia e demais especialistas continuam reforçando a importância de campanhas como o Outubro Rosa, que conscientizam sobre a importância da prevenção e promovem o acesso a informações vitais para o combate ao câncer de mama.

 

Com informações: Jornalista Fernando Kopper
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