O deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) prestou depoimento nesta segunda-feira (21) ao Supremo Tribunal Federal (STF) como réu no processo que investiga o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 2018 no Rio de Janeiro. Durante o depoimento, Brazão, que está preso na penitenciária federal de Campo Grande, chorou ao mencionar seus familiares e afirmou que nunca teve contato com o ex-policial Ronnie Lessa, réu confesso de ser o autor dos disparos.
Brazão é apontado nas investigações como um dos mandantes do crime, conforme a delação premiada de Lessa. No entanto, o deputado afirmou que, embora Lessa pudesse conhecê-lo, ele não se lembrava de qualquer contato com o ex-policial. O parlamentar também mencionou ter mantido uma excelente relação com Marielle, descrevendo-a como uma vereadora "amável" e com "um futuro brilhante".
Além de Brazão, seu irmão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), o ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa e o major da PM Ronald Paulo de Alves Pereira também são réus no STF, acusados de homicídio e organização criminosa. Todos seguem presos por ordem do ministro Alexandre de Moraes.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper