O governo do Estado finalizou na tarde de domingo (20) a retirada de três veículos do leito do rio Taquari, em Cruzeiro do Sul. A operação incluiu a remoção de dois carros e um ônibus, que foram localizados após uma vistoria realizada em agosto. Um último item, uma balsa, permanece no leito do rio e deverá ser retirada pelo proprietário.
A iniciativa é promovida pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), em parceria com o Departamento Estadual de Trânsito (DetranRS), que coordenou as remoções, e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), responsável pelo rebaixamento do curso hídrico por meio da abertura da barragem de Bom Retiro do Sul.
A titular da Sema, Marjorie Kauffmann, destacou a importância da ação: “Essa ação é importante para que as pessoas voltem a olhar para o rio e para que a gente entenda que precisamos de todos juntos para poder recuperar essas margens. É fundamental trabalharmos com a adaptação, tendo em vista o novo padrão do clima, com mais frequência e mais intensidade de eventos climáticos.”
A operação foi acompanhada por representantes da Defesa Civil e da Emergência Ambiental da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). O rebaixamento do nível do rio teve início às 19h de quinta-feira e alcançou uma redução de aproximadamente dois metros, com o objetivo de não comprometer o serviço de captação de água para abastecimento. As comportas foram fechadas novamente no domingo.
Esta ação é parte de uma estratégia mais ampla. A primeira fase do trabalho ocorreu em agosto, quando o nível do rio foi rebaixado para permitir a análise do leito e identificar obstruções. A iniciativa integra o Eixo 2 do Programa de Desassoreamento do Plano Rio Grande de Reconstrução, lançado pelo governador Eduardo Leite em 29 de julho.
O Programa de Desassoreamento do Rio Grande do Sul visa promover a limpeza de arroios, canais de drenagem e sistemas pluviais em municípios que enfrentaram enchentes e declararam situação de emergência ou estado de calamidade.
O programa é dividido em dois eixos. Para o eixo 1, que abrange rios de pequeno porte, o Estado disponibilizou R$ 300 milhões aos municípios afetados, com prazo para apresentação de projetos técnicos encerrado em 27 de setembro. Já para os rios de médio e grande porte (eixo 2), os termos de referência para a contratação de estudos batimétricos foram analisados e aprovados pelo Comitê Científico do Plano Rio Grande. A próxima etapa inclui o lançamento de edital para a contratação de empresa que realizará os estudos, além do Dnit estar em processo de contratação de batimetria, que será incorporada aos estudos do Estado.
A recuperação e manutenção das margens dos rios são essenciais para prevenir futuras obstruções e enchentes, garantindo a segurança e o bem-estar da população local.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper