Na última sexta-feira (11), uma ex-prefeita de Ivoti, uma correligionária e uma vereadora eleita de Taquara foram condenadas por fraude no Sistema Único de Saúde (SUS). As três foram investigadas na Operação F5, de 2016, e denunciadas pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por envolvimento em um esquema que burlava a fila de atendimento do SUS para fins políticos.
A ex-prefeita de Ivoti foi sentenciada a 11 anos e três meses de prisão, enquanto a correligionária e a vereadora de Taquara receberam penas de 14 anos e quatro meses de reclusão. Ambas foram condenadas pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistemas públicos de saúde. O cumprimento das penas será em regime fechado e com pagamento de multa.
O esquema, que ocorreu entre 2013 e 2015, consistia em acelerar os atendimentos de saúde para eleitores de Ivoti, inserindo-os na fila de Taquara com informações falsas, buscando favorecer as candidaturas locais. Casos como cirurgias plásticas, consultas oftalmológicas e oncológicas com prazos reduzidos foram identificados pela investigação.
As investigações da Operação F5, deflagrada em outubro de 2016, contaram com a participação das Promotorias de Justiça de Porto Alegre e Taquara. O promotor Flávio Duarte, responsável pela ação, destacou que o esquema envolveu ao menos 14 atendimentos fraudulentos, comprometendo o acesso justo à saúde pública.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte: Portal Leouve
