A dez dias do primeiro turno das eleições municipais, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) intensifica o monitoramento dos locais de votação devido às chuvas que têm atingido o Estado. O presidente da Corte, desembargador Voltaire de Lima Moraes, assegurou, nesta quinta-feira (26), que a área de logística do tribunal está em contato constante para garantir a organização do pleito.
Moraes ressaltou que, embora não se descarte a possibilidade de mudanças de última hora nos locais de votação em função da intensidade dos eventos climáticos, o Tribunal já possui uma logística preparada para lidar com essas situações. O TRE-RS mantém comunicação frequente com juízes eleitorais e servidores da Justiça Eleitoral, distribuídos nas 175 zonas eleitorais dos 497 municípios do Estado, para atender rapidamente a quaisquer demandas.
“Estamos muito seguros daquilo que devemos fazer, como fazer e com o apoio de todos os nossos servidores e das lideranças dos respectivos municípios”, afirmou Moraes.
O presidente lembrou ainda da enchente que ocorreu em maio deste ano, o maior desastre da história do Rio Grande do Sul, que resultou na alteração dos locais de votação para 82 mil eleitores gaúchos. Na ocasião, 250 seções eleitorais foram realocadas em 27 municípios, com Canoas sendo a cidade mais afetada, com 98 seções, seguida por Porto Alegre, que teve 48 seções alteradas.
Durante a mesma coletiva, Moraes apresentou o Teste de Integridade, uma auditoria que ocorre simultaneamente ao primeiro e segundo turnos das eleições. Este processo, conhecido como “votação paralela”, permite que urnas sejam sorteadas e retiradas dos locais de votação para a realização de votações por fiscais. Os votos registrados são posteriormente comparados com os boletins de urna.
Desde sua implementação em 2002, nunca houve divergência nos resultados das aferições. No Rio Grande do Sul, serão selecionadas 27 urnas para o teste, com uma delas obrigatoriamente localizada na Capital. As demais podem estar em qualquer município do Estado, e é importante que os votos sejam feitos em candidatos reais das respectivas seções.
Moraes destacou a eficácia do sistema eleitoral do Rio Grande do Sul, afirmando que “nossa máquina de votar é, na verdade, um modelo para servir de façanha para todas as demais instâncias de outros países”. Ele também convidou os cidadãos a votarem com segurança e tranquilidade nas próximas eleições.