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Temporais no RS deixam 299 desabrigados e 560 desalojados; Camaquã concentra o maior número de atingidos
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Publicado em 26/09/2024
Na noite desta quarta-feira (25), a Defesa Civil do Rio Grande do Sul divulgou uma atualização sobre o impacto das fortes chuvas e temporais que assolam o Estado desde o início da semana. O número de pessoas afetadas pela intempérie continua a crescer, com um total de 299 desabrigados e 560 desalojados em várias cidades gaúchas.
A situação mais crítica é registrada no município de Camaquã, que concentra a maior parte das vítimas. De acordo com o boletim, 200 pessoas foram forçadas a deixar suas casas e buscar abrigo em instalações públicas ou abrigos temporários, enquanto 500 estão desalojadas, ou seja, buscaram abrigo com amigos ou familiares. As autoridades locais têm mobilizado esforços para prestar assistência, mas a continuidade das chuvas dificulta as ações.
Outros municípios também sofrem com os estragos. Em Cerrito, 40 pessoas estão desabrigadas, e em Pedro Osório, 24 pessoas perderam suas casas, enquanto 20 precisaram buscar refúgio com conhecidos. Já em Pelotas, 8 moradores estão desalojados, e 13 foram acolhidos pela prefeitura e Defesa Civil. A cidade de Rio Grande também contabiliza 18 desabrigados.
Além disso, outras localidades, como Bagé (26 desalojados), Barão do Triunfo (2 desalojados), Dom Pedrito (4 desabrigados) e Lavras do Sul (4 desalojados), enfrentam desafios semelhantes, embora em menor escala.
A prefeitura de Camaquã, no sul do Estado, suspendeu as aulas da rede municipal até a próxima segunda-feira (30) e estima que centenas de casas tenham sido destelhadas após temporal na madrugada desta quarta-feira (25). O município decretou situação de emergência e encaminhou um ofício à Defesa Civil nacional em busca de apoio. O documento solicita itens como lonas, telhas, água, colchões, roupas de cama, materiais limpeza, alimento e apoio com mão de obra.
Setecentas pessoas tiveram de deixar suas casas, segundo dado divulgado pela Defesa Civil estadual. A maior parte (500 pessoas) está em residências de amigos ou parentes. Os desabrigados (200) estão sendo acolhidos pela prefeitura e pela Defesa Civil no ginásio municipal.
Nove escolas foram atingidas pelo vendaval, sendo cinco danificadas com maior gravidade. A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Camaquã sofreu estragos e pacientes tiveram de ser realocados. Doze unidades de saúde foram destelhadas. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) está com atendimento precário após ficar sem luz.
O comércio também foi atingido e teve telhados e fachadas danificadas. O vendaval ainda derrubou postes e árvores.
A prefeitura relata uma pessoa ferida até o momento. Conforme o prefeito Ivo de Lima Ferreira, foi um morador que caiu do telhado enquanto consertava uma telha e foi encaminhado ao hospital. Não há informações sobre o estado de saúde dele.
Choveu 116 milímetros em 24 horas e 177 milímetros nos dois últimos dias. Nas últimas seis horas, choveu 47 milímetros, segundo dados atualizados pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), às 8h.
De acordo com o órgão estadual, a previsão para as próximas horas é de mais chuva, o que gera apreensão quanto ao agravamento da situação. A Defesa Civil segue em alerta máximo e reforçou que as equipes estão mobilizadas para prestar auxílio às comunidades mais afetadas, além de monitorar rios e áreas de risco de deslizamentos.
Equipes da Brigada Militar, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e secretarias municipais estão atuando nas áreas atingidas.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fotos: Jonathan Heckler / Agencia RBS
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