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Retorno do horário de verão pode reduzir demanda de energia e economizar R$ 400 milhões, aponta ONS
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Publicado em 24/09/2024
O retorno do horário de verão, extinto em 2019, pode resultar em uma diminuição de até 2,9% na demanda máxima de energia elétrica no Brasil, além de proporcionar uma economia de aproximadamente R$ 400 milhões na operação do Sistema Interligado Nacional (SIN) entre os meses de outubro e fevereiro. Essa estimativa é parte de uma nota técnica divulgada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
 
De acordo com o estudo, a mudança no horário durante o verão poderia reduzir os custos com combustível de termoelétricas, com uma expectativa de economia de R$ 356 milhões no cenário hidrológico mais crítico e R$ 244 milhões no melhor cenário. A nota também destaca que, em termos de contratação de reserva de capacidade, a economia anual poderia chegar a cerca de R$ 1,8 bilhão, considerando os resultados do Leilão de Reserva de Capacidade de 2021.
 
O retorno do horário de verão também aumentaria a eficiência do SIN durante os períodos de maior consumo, especialmente entre 18h e 20h, momentos críticos para o sistema devido à saída da geração solar e ao aumento da demanda. A análise revela que essa prática tem demonstrado eficácia em suavizar o crescimento da carga nesse intervalo, embora o aumento na demanda volte a ser observado após as 20h, prolongando o processo de ajuste.
 
O ONS ressalta que, embora o impacto do horário de verão não reduza a carga média diária, há uma diminuição significativa na demanda durante dias úteis, sábados e domingos, em diversas condições de temperatura, especialmente nos momentos de pico noturno. Essa mudança pode se revelar uma importante estratégia para melhorar a gestão do sistema elétrico no Brasil.

 

Com informações: Jornalista Fernando Kopper
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