O mercado de soja no Rio Grande do Sul iniciou a semana com pouca movimentação e preços estáveis, conforme informações da TF Agroeconômica. A saca para entrega em outubro no porto foi cotada a R$ 139,00, com pagamento previsto para o dia 15 do mesmo mês. No interior do estado, os preços variaram de acordo com cada praça. Em Cruz Alta, a saca foi negociada a R$ 131,50, enquanto em Passo Fundo o valor chegou a R$ 132,00, ambos também com pagamento em 15 de outubro. Apesar das indicações de preços, os volumes comercializados foram baixos, refletindo a lentidão do mercado. Muitos produtores continuam optando por manter seus estoques, aguardando melhores condições para negociação.
Em outras regiões, a situação não é muito diferente. Em Santa Catarina, o mercado segue estagnado, com poucas variações de preço. A expectativa para a safra no estado é positiva, com previsão de colheita de cerca de 3 milhões de toneladas de soja, o que representa um aumento de 12,77% em relação à safra anterior. A área plantada também deve crescer 1,79%, totalizando 766.267 hectares, com destaque para as regiões de Canoinhas, Xanxerê e Curitibanos. Apesar desse cenário promissor, o preço da saca no porto foi de R$ 126,00, e em Chapecó chegou a R$ 117,00, com poucos negócios sendo fechados.
No Paraná, a principal preocupação continua sendo o atraso no plantio devido à seca que afeta o estado. Os preços seguem estáveis, com a saca cotada a R$ 141,00 em Paranaguá e em torno de R$ 136,00 CIF Ponta Grossa para a safra 2023/24, com entrega prevista para o início de setembro. No balcão, os preços ficaram em R$ 128,00 em Ponta Grossa. A falta de chuvas está causando incertezas no mercado, e muitos produtores ainda não iniciaram o plantio, o que tem impacto direto na oferta de soja no estado.
Já no Mato Grosso do Sul, os preços também se mantiveram estáveis, com poucos volumes negociados. Em Dourados, a saca foi cotada a R$ 132,00, mas os negócios seguem em ritmo lento. A incerteza gerada pelo relatório do USDA sobre a oferta global de soja está deixando os produtores cautelosos, levando-os a manter os estoques armazenados, esperando uma melhor oportunidade para comercializar a produção.
No Mato Grosso, um dos principais estados produtores de soja do Brasil, a situação é mais crítica, com o estado enfrentando a segunda pior seca em 30 anos. Mesmo assim, os preços da saca apresentaram uma leve alta em algumas regiões. Em Sorriso, por exemplo, o valor da saca subiu para R$ 128,00 FOB, com retirada em outubro e pagamento em novembro. Em outras áreas, como Campo Verde e Lucas do Rio Verde, os preços também subiram, mas a seca segue preocupando os produtores, que estão negociando volumes reduzidos.
O mercado de soja, tanto no Rio Grande do Sul quanto em outras regiões, enfrenta uma semana marcada por lentidão nos negócios e estabilidade nos preços. A expectativa é que, com a evolução das condições climáticas e o avanço do plantio, o cenário se torne mais claro, permitindo uma maior movimentação no mercado. Por enquanto, a cautela predomina, e os produtores seguem aguardando o momento certo para comercializar sua safra.