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REFLEXÃO l Por Pastor Jussuê Vitória - Igreja Betânia de Fortaleza dos Valos
RELIGIÃO
Publicado em 14/09/2024
Fé intelectual. É uma atitude de aceitação intelectual da Palavra de Deus. Existem inúmeras pessoas nas igrejas que dão um assentimento mental ou intelectual ao que está escrito na Bíblia, e acham que são nascidas de Deus. Muitos dos que pensam que já acertaram a vida com Deus, na verdade, possuem apenas a “planta” da casa que deveria ser edificada sobre a Rocha.
O mero fato de alguém acreditar que o que está escrito na Palavra de Deus é verdade não significa que a Palavra foi aplicada nele. Ela, em si, é verdade, mas será que já se tornou verdade em nós? Precisamos fazer distinção entre entender a Palavra mentalmente, e recebê-la no coração. São duas coisas bem diferentes.
Em minha opinião, aqueles que aceitaram apenas intelectualmente o plano de salvação, nunca construíram de fato sua casa na Rocha. Essa é uma operação da graça de Deus, que consiste no processo: conscientização, convicção de pecados e arrependimento. (Mas não faço disso uma condição para ter comunhão com outros.) No dia do juízo, eles vão ficar sabendo que sua “casinha” desabou diante da enchente da ira de Deus. Aceitaram intelectualmente o que está escrito, concordaram apenas de cabeça. Não é essa a verdadeira fé.
Fé morta. Esse tipo de fé também é destrutivo. Quando me encontrava no Sudão vi muito dessa “fé morta” em amigos muçulmanos.
Sahid era o cozinheiro da casa da missão em Cartum. Certo dia, ele nos procurou para dizer que estava de partida com um grupo de missionários que se dirigiam para Lagos, Nigéria, a 5.600 quilômetros dali, e iriam atravessar o deserto de carro. Por sinal esse é um dos trechos mais difíceis do mundo para carros. Sahid iria cozinhar para esses missionários, mas também estaria voltando para sua terra. Havia saído de lá quarenta e quatro anos antes, quando fizera uma peregrinação a Meca, e agora iria retornar.
– Vim despedir-me do senhor, disse. Vou embora.
– Você é um homem muito religioso, não é, Sahid?
– Sou, explicou ele. Já fui à Meca duas vezes.
– Você observa todos os jejuns do Ramadã?
Ramadã é o período mais sagrado para o islamismo.
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