Uma operação realizada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) da Polícia Civil de Carazinho, no norte do Rio Grande do Sul, resultou em uma significativa apreensão de drogas e eletrônicos na tarde de quinta-feira (12). A ação visava desarticular um esquema de contrabando de itens ilícitos para o Presídio Estadual de Carazinho.
Durante a operação, foram encontrados 10 quilos de maconha, 200 gramas de skunk, e mais de uma centena de celulares, cabos, carregadores e fones de ouvido. O material estava escondido em um freezer que, segundo o delegado titular da Draco, Leandro Antunes, seria utilizado para transportar as drogas e os aparelhos eletrônicos para dentro do presídio.
“A nossa investigação indicava que drogas e celulares seriam introduzidos no presídio em grande quantidade. Intensificamos a investigação nesta semana e descobrimos que a entrega seria feita através de um freezer. Monitoramos o presídio e na quinta-feira avistamos o freezer do lado de fora. Após o ‘freteiro’ entrar com o eletrodoméstico na caminhonete, abordamos o veículo no pátio do presídio”, explicou o delegado Antunes.
O esquema de contrabando envolvia uma facção criminosa que, em colaboração com presos e cúmplices em liberdade, tentava driblar a segurança penitenciária utilizando o freezer para ocultar os itens contrabandeados. Segundo o delegado, o motorista do freezer não tinha conhecimento do conteúdo ilícito que estava transportando e não está envolvido no esquema criminoso.
Após a abordagem, o veículo foi levado para a delegacia, onde os agentes descobriram as drogas e os eletrônicos escondidos nas paredes e no isolamento térmico do freezer. A operação causou um prejuízo estimado em cerca de R$ 1 milhão ao crime organizado, considerando o valor potencial de venda dos itens apreendidos.
A investigação continua para identificar os presos envolvidos no esquema e os parceiros externos que colaboraram no contrabando.
Em nota, a Polícia Penal esclareceu que a utilização de freezer é permitida para o armazenamento de gêneros alimentícios destinados aos detentos, sendo fiscalizada a sua procedência. No caso específico, o freezer nunca chegou ao presídio, tendo sido interceptado pela Polícia Civil antes da sua entrada na unidade. A nota ressalta que o equipamento seria uma doação para substituir um aparelho danificado.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte: GZH