O técnico Dorival Júnior, que chegou a prometer a presença do Brasil na final da Copa de 2026, agora enfrenta dúvidas até mesmo sobre a classificação para o Mundial, que será sediado nos Estados Unidos, Canadá e México. Com apenas 10 pontos em oito jogos, a seleção ocupa a quinta posição na tabela, distante oito pontos da líder Argentina e apenas um à frente da Bolívia, em uma campanha preocupante para a pentacampeã mundial.

 

No duelo contra o Paraguai, a Seleção Brasileira apresentou um futebol previsível, lento e improdutivo, repetindo atuações frustrantes de ciclos anteriores. Com exceção de alguns lampejos de Rodrygo, o Brasil praticamente não criou chances claras no primeiro tempo. Uma das poucas oportunidades surgiu em uma finalização de Guilherme Arana, salva por Junior Alonso em cima da linha. Enquanto isso, o Paraguai, embora tecnicamente inferior, foi mais eficiente e abriu o placar com um belo chute de trivela de Diego Gómez, que acertou a trave antes de balançar as redes.

 

Na segunda etapa, o Brasil tentou pressionar, trocou passes e criou volume de jogo, mas continuou sem a criatividade necessária para envolver o adversário. Nem mesmo as substituições de Dorival, como as entradas de João Pedro e Luiz Henrique, conseguiram alterar o panorama da partida. O Paraguai, armado defensivamente com competência, segurou o resultado, contando com defesas seguras do goleiro Gatito Fernández, que impediu tentativas de Vinicius Júnior no final da partida.

 

O futebol brasileiro, que já foi sinônimo de excelência, vê-se hoje em uma crise que se aprofunda a cada jogo. Enquanto a torcida se enche de frustração e a seleção busca respostas, o "olé" ecoa nas arquibancadas do Paraguai, lembrando o contraste entre as glórias do passado e o presente desolador.

Com informações: Jornalista Fernando Kopper