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Protesto de agricultores em Porto Alegre é esvaziado após aprovação de linha de crédito emergencial
AGRO
Publicado em 10/09/2024

Na manhã desta terça-feira, 10, dezenas de produtores rurais reuniram-se em frente às superintendências dos Ministérios da Agricultura e Pecuária e do Desenvolvimento Agrário, em Porto Alegre, em um protesto contra a demora do governo federal em formalizar medidas de enfrentamento às dívidas do setor primário gaúcho. O ato, convocado pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), foi esvaziado após a aprovação da resolução 5.172/2024 pelo Conselho Monetário Nacional na noite anterior, que criou uma linha de capital de giro emergencial para o setor.

Inicialmente, a federação esperava mobilizar cerca de mil agricultores, que permaneceriam acampados no local até quinta-feira. No entanto, com a nova medida, que beneficia cooperativas agropecuárias, empresas cerealistas, revendas de insumos e produtores rurais em áreas afetadas por chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul, o protesto perdeu força.

“O governo se mexeu, coisa que não fez na semana passada”, afirmou Carlos Joel da Silva, presidente da Fetag. A resolução estabelece um prazo de até oito anos para o pagamento dos financiamentos, com juros de no máximo 10%, podendo chegar a 7% ou 8% com o acordo entre bancos.

Apesar de considerar as medidas positivas, Carlos Joel destacou que ainda há dúvidas sobre o enquadramento do seguro penhor, essencial para acessar os descontos previstos na Medida Provisória 1.247/2024. Ele afirmou que a federação já encaminhou o questionamento ao governo federal.

Durante o ato, o presidente da Fetag relembrou os diálogos com ministros do governo federal, que ocorreram durante a 47ª Expointer, em agosto, e criticou a demora na resposta. “O governo precisa tratar com mais respeito os agricultores e agricultoras”, concluiu.

 

Com informações: Jornalista Fernando Kopper

Fonte: Correio do Povo

Foto: Camila Cunha

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