A Justiça bloqueou R$ 20 milhões e decretou o sequestro de imóveis e embarcações pertencentes à empresa Balada Eventos e Produções, associada ao cantor Gusttavo Lima. A decisão ocorre no contexto da operação Integration, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro relacionado a jogos ilegais. A operação também resultou na prisão de diversas pessoas, incluindo a influenciadora e advogada Deolane Bezerra.
De acordo com o programa Fantástico, da TV Globo, que revelou detalhes do caso no domingo, 08/09, a Balada Eventos e Produções é suspeita de estar envolvida na lavagem de dinheiro junto com empresas de José André da Rocha Neto, proprietário da Vai de Bet, para a qual o cantor atua como garoto-propaganda. A investigação apontou que uma das empresas de Rocha Neto, a JMJ Participações, adquiriu um avião da Balada Eventos. O avião foi apreendido pela Polícia Civil de São Paulo no último dia 4.
O Estadão reportou que, embora o avião ainda esteja registrado em nome da empresa de Gusttavo Lima, ele é operado pela JMJ Participações e está em processo de transferência de propriedade conforme dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Além do bloqueio de R$ 20 milhões, a Justiça também determinou o bloqueio de R$ 35 milhões das contas pessoais de Rocha Neto e R$ 160 milhões de suas empresas. Um mandado de prisão foi emitido contra Rocha Neto, que é considerado foragido. Ele e Gusttavo Lima estavam juntos na Grécia quando a operação foi deflagrada.
A defesa de José André da Rocha Neto afirmou em nota que "não existe qualquer indício" de sua participação em atividades ilícitas e que seu patrimônio é "declarado e regular".
O advogado de Gusttavo Lima destacou que a Balada Eventos e Produções "apenas vendeu um avião para uma das empresas investigadas", seguindo as normas legais. O advogado ressaltou que o cantor tem apenas um contrato de uso de imagem com a Vai de Bet e que tanto ele quanto a Balada Eventos "não fazem parte de nenhum esquema de organização criminosa ou lavagem de dinheiro".
Na noite de domingo (9), Gusttavo Lima se manifestou nas redes sociais, chamando a situação de "injustiça". Ele afirmou que a Balada Eventos foi erroneamente vinculada à operação devido à transação comercial com as empresas investigadas e descreveu a inclusão da empresa na operação como uma "loucura". "Se justiça existir nesse país, ela será feita. São 25 anos dedicados à música, todos sabem da minha luta para chegar até aqui. Abuso de poder e fake news eu não vou permitir. Sou honesto", declarou o cantor.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte: GZH