O influenciador digital Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, foi denunciado pelo Ministério Público por estelionato, lavagem de dinheiro e uso de documento falso, além de contravenção penal na promoção de rifas virtuais ilegais. Sua esposa, Gabriela Sousa, também foi denunciada. O casal foi alvo de uma operação realizada em 12 de julho, que resultou na apreensão de dois veículos de luxo e uma arma de uso restrito das Forças Armadas.
A denúncia foi encaminhada à Justiça e, se aceita, Nego Di e Gabriela se tornarão réus. A defesa do casal, representada pela advogada Tatiana Borsa, afirmou que não irá se manifestar sobre o caso.
Nego Di está preso preventivamente desde 14 de julho, em Florianópolis (SC), em conexão com outra ação que investiga a venda de produtos não entregues por uma loja virtual. Nesta quarta-feira (4), a 2ª Vara Criminal de Canoas negou mais um pedido de liberdade feito pela defesa do influenciador, que já é réu por estelionato neste processo.
Segundo o Ministério Público, entre novembro de 2022 e maio de 2024, Nego Di e sua esposa teriam arrecadado cerca de R$ 2,5 milhões através de rifas ilegais. O influenciador promoveu uma rifa de um Porsche e R$ 150 mil em dinheiro, utilizando suas redes sociais para atrair participantes. De acordo com a denúncia, ele transferiu o veículo sorteado para terceiros e adquiriu o número vencedor para si mesmo, além de anunciar um ganhador fictício.
Além disso, Nego Di é acusado de usar documento falso ao apresentar um comprovante de doação de R$ 1 milhão para uma campanha durante as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, quando, na verdade, teria doado apenas R$ 100.
O influenciador permanece preso na Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan), na Região Metropolitana de Porto Alegre. Em audiência de custódia, a Justiça decidiu manter a prisão, alegando risco de fuga e a possibilidade de que ele continue cometendo crimes.
Gaúcho de Porto Alegre, Nego Di ganhou notoriedade ao participar do Big Brother Brasil em 2021 e, desde então, passou a promover rifas em redes sociais, prática que está sob investigação do Ministério Público. Ele também já foi punido por divulgar fake news sobre as enchentes no estado, tendo que apagar publicações falsas de suas redes sociais por determinação judicial.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte: G1
