O Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde, revelou que o número de mortes por dengue no Brasil atingiu 5.207 em 2024, enquanto os casos prováveis da doença chegam a 6,51 milhões. Além disso, ainda há 1.988 óbitos em investigação.
As mulheres são as mais afetadas, representando 55% dos casos diagnosticados. Entre as faixas etárias, jovens de 20 a 29 anos são os mais atingidos, com mais de 553 mil casos prováveis registrados. Em seguida, estão os grupos de 30 a 39 anos, com 462 mil casos, e de 40 a 49 anos, com 416 mil.
O surto de dengue em 2024 superou em quatro vezes o número de óbitos registrados no ano passado, quando 1.179 pessoas perderam a vida para a doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Além das vidas perdidas, a epidemia trouxe um impacto econômico significativo ao país.
Estudos indicam que o surto custou mais de US$ 5 bilhões (aproximadamente R$ 28 bilhões) ao Brasil. Esse valor inclui custos com saúde pública, além de prejuízos diretos na produção e serviços, com empresas enfrentando redução de lucros, escassez de pessoal e a necessidade de realocar colaboradores e treinar novos funcionários.
O aumento significativo dos casos de dengue, que é sazonal, está diretamente relacionado às mudanças climáticas, que favorecem a proliferação do mosquito vetor da doença.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
