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Influenciadores gaúchos são denunciados por estelionato, lavagem de dinheiro e promoção de rifas ilegais
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Publicado em 05/09/2024
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), por meio da Promotoria Especializada Criminal de Porto Alegre, denunciou um casal de influenciadores gaúchos pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e uso de documento falso, além da contravenção penal de promoção de loteria através de rifas digitais. A operação que resultou na denúncia ocorreu em 12 de julho, em Santa Catarina.
 
A investigação conduzida pelo promotor de Justiça Flávio Duarte revelou que o influenciador, por meio de suas redes sociais, promoveu rifas digitais ilegais entre novembro de 2022 e maio de 2024. Essas rifas envolviam prêmios em dinheiro e bens materiais, gerando cerca de R$ 2,5 milhões, oriundos de mais de 300 mil transferências bancárias. Segundo o GAECO, as loterias foram realizadas de forma contínua e sem autorização legal.
 
Entre as fraudes destacadas na denúncia, está a promoção de uma rifa para sorteio de um Porsche Macan e R$ 150 mil em dinheiro, realizada de forma fraudulenta a partir de dezembro de 2023. O influenciador transferiu o veículo que seria o prêmio principal para terceiros e utilizou um número de sorteio em seu próprio benefício, divulgando, de maneira dissimulada, um vencedor fictício.
 
Além do estelionato, o casal foi denunciado por lavagem de dinheiro. O GAECO apurou que, para ocultar a origem ilícita dos valores obtidos com as rifas, os investigados realizaram transferências para contas de terceiros e adquiriram veículos de luxo, imóveis em diversas regiões do Rio Grande do Sul, além de utilizarem os recursos para despesas pessoais.
 
Outro fato que levou à denúncia foi o uso de documento falso. Em maio de 2024, o influenciador postou um comprovante de transferência no valor de R$ 1 milhão em suas redes sociais, simulando uma doação para vítimas de enchentes no estado. No entanto, o valor real transferido foi de apenas R$ 100.
 
O caso segue agora para o Poder Judiciário, e o Ministério Público espera que a justiça seja feita diante das graves acusações.

 

Com informações: Jornalista Fernando Kopper
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