Uma nova massa de ar quente e seco chegou ao Brasil nesta primeira quinzena de setembro, trazendo temperaturas elevadas para diversas regiões do país. No Rio Grande do Sul, o impacto será mais acentuado na faixa norte do Estado, onde o calor será sentido com maior intensidade. O fenômeno, que começou na última segunda-feira, 2 de setembro, se estenderá até o dia 12, segundo previsões meteorológicas.
Nos municípios do Norte gaúcho, como Erechim e Frederico Westphalen, as temperaturas podem subir em torno de 1ºC. Já na Serra, o aumento pode variar entre 1ºC e 2,5ºC, principalmente em áreas mais próximas do norte do Estado. Guilherme Borges, meteorologista da Climatempo, destaca que, apesar do aquecimento, as temperaturas previstas estão dentro do padrão esperado para o mês de setembro.
"Teremos um setembro com temperaturas dentro do que é comum para essa época do ano. O único destaque fica para a faixa norte do Estado, onde a atuação de massas de ar mais quentes favorecerá temperaturas ligeiramente acima da média. No entanto, a onda de calor terá pouco efeito sobre o Rio Grande do Sul", explica Borges.
Além do calor, a onda de ar seco trará consigo um período sem chuvas para o Norte do Estado. No entanto, outras regiões, como a Serra, a Região Metropolitana de Porto Alegre e o Litoral Norte, podem registrar algumas precipitações, embora o volume de chuva previsto seja baixo. Nas Missões e no Norte, a previsão de chuva está entre 10 e 30 milímetros, ligeiramente abaixo da média para o período.
De acordo com Borges, o mês de setembro no Rio Grande do Sul será marcado por chuvas dentro da normalidade em grande parte do Estado. A presença de massas de ar quente contribui para uma irregularidade na distribuição das chuvas na faixa oeste do RS, enquanto na faixa leste, a passagem de frentes frias ajudará a manter o volume de precipitação dentro do esperado para o mês.
A última onda de calor significativa que atingiu o Rio Grande do Sul ocorreu em abril deste ano, quando o fenômeno ficou estacionado no sudeste do Brasil, gerando um bloqueio atmosférico que manteve o calor por um período prolongado.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte: GZH